Por Bruno Pedretti
Desde que foi reformada a Praça Marcílio Dias, no Paissandu, são raros os momentos em que se observa o local sendo aproveitado por alguém. Sem sombra de dúvida, aquela é uma das praças mais belas da cidade, porém, sua utilidade fica restrita à apreciação, de longe, pois desfrutar mesmo do local é difícil, mesmo nos fins de semana, quando o tráfego de veículos costuma ser mais leve.
A rotatória do Paissandu, que recebe veículos do sentido sul da cidade e do bairro de Olaria, um dos mais populosos do município, dificulta o acesso à enorme praça, impossibilitando a população de desfrutar do amplo e bem cuidado ambiente.
Todos os depoimentos a seguir são de moradores e comerciantes que atuam naquela área. Acompanhe o que eles têm a dizer sobre a Praça Marcílio Dias.
“A praça ficou bonita em termos de estética e também por ser um dos primeiros pontos de apresentação da cidade, então, isso dá um aspecto bom para a cidade, mas realmente os moradores estão encontrando dificuldade de atravessar, por conta do trânsito intenso, para desfrutar da praça, ler um jornal... Acho que pessoas especializadas no assunto deveriam olhar com mais atenção para essa praça”.
Carlos Xavier, 59, engenheiro, Vale dos Pinheiros
“Para falar a verdade, fizeram essa praça toda mal planejada, não fizeram nenhuma via de acesso à praça desde que reformaram. Sou morador daqui há 20 anos e nunca vi essa praça tão vazia, não tem nenhuma sinalização para chegarmos até ela”.
João Gustavo, 23, jornalista, Paissandu
“O grande problema é que não temos como atravessar a rua para chegar até a praça, acho que a maior dificuldade é essa, o trânsito é intenso. No fim de semana ainda vemos mais pessoas na praça por conta do trânsito diminuir um pouco”.
Marta Lemos, 43, comerciante, Paissandu
“Acho que é uma praça enorme, que nós não podemos aproveitar, uma verdadeira praça de enfeite. As crianças querem andar de bicicleta e não podem, pois os guardas não deixam, essa é minha grande indignação. Pra que uma praça desse tamanho com o fluxo de carros que tem no Paissandu? Deveriam diminuir a praça ou dar condições das crianças aproveitarem o local”.
Andréa Emerick, 42, professora, Paissandu
“Acho que o trânsito está atrapalhando, porque depois que reformaram diminuiu demais o número de pessoas que frequentam a praça”.
Lurdes Pinheiro, 54, funcionária pública, Paissandu
“O acesso é que está dificultando, a praça é realmente muito bonita, mas não podemos aproveitar. Muitos idosos querem sentar na praça e não podem por conta da pouca segurança na travessia. A sinalização poderia ajudar muito os idosos a atravessarem”.
Aroldo Neves, 54, comerciante, Paissandu
“A Praça Marcílio Dias é realmente muito bonita e bem elaborada, mas não tem acesso para a população por problemas de sinalização, de trânsito, então, torna-se difícil o acesso à praça. Para mandar uma criança para a praça tem que pensar duas ou três vezes. Tornou-se inviável para ir à praça com uma criança ou uma pessoa idosa, por conta do trânsito. A praça serve para passar e olhar o quanto ela é bonita, não para aproveitar. Sou comerciante do Paissandu há 40 anos e venho acompanhando o desenvolvimento daqui. Antigamente tinha uma pracinha mais humilde, mas que todos podiam aproveitar”.
Ricardo de Oliveira, 60, comerciante, Centro
“Eu acho que é uma praça inutilizável, não tem acesso para pedestre nenhum, se um idoso quiser atravessar a rua para chegar até a praça é muito difícil. A Praça Marcílio Dias é enorme e está sendo mal aproveitada, não têm segurança para que as pessoas cheguem até ela”.
Luís Nepomuceno, 22, comerciante, São Geraldo
“A importância que essa praça tem para Nova Friburgo é enorme. Já brinquei e curti muito essa praça, hoje a vejo muito bonita, porém, sem acessibilidade. As autoridades deveriam dar uma atenção grande para que não só crianças, adolescentes e adultos pudessem aproveitar a praça, como os idosos, que hoje são carentes de locais para realizar atividades físicas, ler e tomar sol, por exemplo. A praça serve apenas para ser visualizada”.
Guilherme Vieira Rezende, 56, administrador de empresas, Olaria
“Eu acho que a praça não tem nada de incomum. A atenção que deveria ser dada é ao trânsito, de repente até cortar a praça com uma passagem para os carros, para dar mais acessibilidade às pessoas”.
Davi da Silva, 32, Cordoeira
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