OPINIÕES - O que você pensa sobre a pirataria?

terça-feira, 24 de agosto de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Leonardo Lima

De acordo com pesquisa feita pela Fecomércio-Rio, cerca de 42% da população brasileira utiliza algum tipo de produto falsificado. CDs, DVDs, roupas, óculos, relógios, livros, perfumes, medicações, brinquedos e programas de computador são alguns dos principais alvos dos falsificadores. Segundo a Frente Parlamentar contra a Pirataria, o comércio ilegal impede dois milhões de empregos formais no país, que deixa de arrecadar mais de R$ 10 bilhões por ano. Em contrapartida, a aquisição de produtos piratas é vista, em muitos casos, como a única alternativa do consumidor frente a preços inacessíveis. Em vista disso, há quem defenda sua descriminalização. A reportagem de A VOZ DA SERRA foi às ruas da cidade para saber o que pensa a população friburguense a respeito da pirataria.

“Sou totalmente contra. Quando meus filhos pensam em comprar algo falsificado, dou uma aula para eles sobre essa situação. Acho que as coisas ruins acontecem exatamente quando a gente começa a sair do usual, daquilo que é legal. Portanto, compro apenas produtos originais.”

Rui Teixeira, 67, professor, Catarcione

“Pelos princípios básicos, sou contra qualquer tipo de pirataria, não só de CDs. Infelizmente hoje vemos que há pirataria em diversos segmentos. Ela tira o valor do trabalho que é feito. Por exemplo, o artista elabora suas músicas, grava o CD e acaba perdendo seus direitos autorais.”

Marcos Antônio Chaboudet, 36, barbeiro, Conselheiro Paulino

“A própria Bíblia diz que essa prática é errada. Eu mesmo sou pai de uma cantora que gravou um CD há quatro anos. Se alguém copia esse CD e comercializa, minha filha fica sem receber o valor a que ela tem direito.”

Paulo Sérgio Teixeira, 52, funcionário público, Olaria

“Com a pirataria, os impostos deixam de ser recolhidos e o comerciante que vende apenas produtos originais fica sem poder de briga no mercado. Porém, a alta carga tributária sobre os produtos é um absurdo e acaba incentivando a falsificação.”

Clélio Massena Neto, 50, comerciante, Braunes

“O artista tem todo o trabalho de gravar um CD, por exemplo, aí outras pessoas falsificam, vendem e acabam lucrando por ele. Acho isso totalmente errado. Também é importante procurar comprar produtos originais pela questão da qualidade, pois os falsificados costumam ser muito ruins.”

Marlene Emerick, 42, secretária, Campo do Coelho

“Infelizmente, com a pirataria as pessoas deixam de vender os produtos legalizados. Eu tanto acho errado que nunca comprei nada falsificado.”

Nilce Gomes de Souza, 71, aposentada, Cascatinha

“Não concordo com isso e nem compro nada pirata. Embora seja mais barato que o produto original, a qualidade é inferior e acaba prejudicando quem está agindo corretamente.”

Nilcea Souza de Azevedo, 71, aposentada, Cascatinha

“Primeiramente o material falsificado é mal feito. Além disso, tira o valor do artista, que é aquele que trabalha e não tem o devido retorno de seu investimento. Essa prática deve ser coibida, a polícia deve fiscalizar.”

Paulo Sérgio Cúrio, 62, aposentado, Centro

“A pirataria prejudica o artista que está fazendo seu trabalho. Você pode até comprar um produto mais barato, mas certamente não será a mesma coisa. Se um CD falsificado custa R$ 5, o original não pode custar R$ 29.”

Alexandre Rodrigues Mendonça 30, artista, Bom Jardim

“Produtos falsificados, como CDs e DVDs, danificam os aparelhos. Isso sem contar a qualidade que são horríveis. Agora, o preço dos produtos originais tem que ser mais baixo. Você vai comprar um jogo de PlayStation para seu filho na loja e custa R$ 60. Muita gente não tem condições. E aí? Vai fazer o que? O jeito é recorrer ao pirata, que custa R$ 5.”

Luciano Sátiro, 35, funcionário público, Loteamento Jacina

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