Eloir Perdigão
O Tiro de Guerra 01-010, instituição do Exército Brasileiro em Nova Friburgo, comemora o Dia do Soldado amanhã, 25, com atividades internas, constando de formatura da tropa e visitas ao Centro Educacional Crescer e Colégio Nossa Senhora das Mercês. Na última sexta-feira, 20, o Exército Brasileiro foi homenageado, através do TG, pelo Lions Clube de Nova Friburgo, que tem como presidente João Luiz Aguilera Campos. A homenagem, pelo Dia do Soldado, foi prestada em assembleia na sede da Queijaria Suíça, em Conquista.
A atividade interna de hoje será comandada pelo sargento e instrutor chefe do TG, Isaías Henrique de Oliveira, e consta de formatura dos atiradores e leitura da ordem do dia do comandante do Exército Brasileiro, general de Exército Enzo Martins Peri.
Ainda em comemoração ao Dia do Soldado, o sargento Isaías visita o Centro Educacional Crescer, no bairro Braunes, acompanhado de quatro soldados do TG. Isaías ministra palestra sobre o Exército Brasileiro, enquanto os soldados apresentam instrumentos de ordem unida (tambores), além de promover um pequeno desfile com os alunos pequenos, que receberão também a revista O Recrutinha, periódico do Centro de Comunicação Social do Exército.
Outra atividade está prevista para o Colégio Nossa Senhora das Mercês, quando o sargento Anderson Bispo também ministra palestra sobre o Exército Brasileiro para os alunos.
Data homenageia Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, patrono do Exército
O patrono do Exército é o marechal de Exército Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias. Ele nasceu na Fazenda de São Paulo, Vila de Porto de Estrela, na Baixada Fluminense. Em 22 de novembro de 1808 assentou praça como cadete no 1º Regimento de Infantaria, ingressando na Academia Real Militar, aos 15 anos. Tenente com apenas 17 anos, integrou o recém-criado Batalhão do Imperador, como ajudante, com ele recebendo o batismo de fogo em 3 de maio de 1823, nas lutas pela independência da Bahia, quando pôde revelar as excepcionais qualidades de iniciativa, comando, inteligência e bravura.
Com apenas 20 anos e seis meses de idade, era capitão, participando da Campanha Cisplatina. Em 2 de dezembro de 1839, já coronel, passou a justificar a auréola de pacificador e símbolo da nacionalidade, ao ser nomeado presidente da Província do Maranhão e comandante geral das forças em operações, para reprimir a Balaiada, após o que recebeu o título de Barão de Caxias e a promoção de brigadeiro. Do mesmo modo, pacificou São Paulo e Minas Gerais, em 1842, razão porque foi promovido a marechal de campo graduado, quando não contava ainda 40 anos de idade.
Em fins de 1842 foi nomeado presidente e comandante chefe do Exército em operações no Rio Grande do Sul, para dar fim à Guerra dos Farrapos, que já durava oito anos, ao término da qual foi efetivado como marechal de campo, eleito senador pelo Rio Grande do Sul e distinguido com o título de conde.
Em 1851 é novamente nomeado presidente e comandante chefe do Exército no Sul, desta feita para lutar contra Oribe, no Uruguai, e logo a seguir, contra Rosas, na Argentina. Vitorioso, mais uma vez, foi promovido a tenente-general e elevado à dignidade de marquês. Em 16 de junho de 1855 foi ministro da Guerra e em 1856, presidente do Conselho de Ministros, ambos pela primeira vez. Em 10 de outubro de 1866 foi nomeado comandante-chefe das Forças do Império em operações contra as forças de Lopes, do Paraguai, sendo logo efetivado no posto de marechal de exército e assumido, em 10 de fevereiro de 1867, o comando geral das forças em operações.
Segue-se a série de retumbantes vitórias, culminando em Itororó, Avaí, Lomas Valentinas, na rendição de Angustura e na entrada de Assunção, quando deu por encerrada sua gloriosa jornada, depois de uma permanência na guerra de 26 meses. “Pelos prestados na Guerra do Paraguai” o imperador lhe concedeu o título de duque, em 23 de março de 1869.
Caxias foi ministro da Guerra e presidente do Conselho de Ministros por mais duas vezes, a última de 1875 a 1878. Faleceu na Fazenda Santa Mônica, nas proximidades do município de Vassouras, sendo o seu corpo conduzido para o Rio de Janeiro e enterrado no cemitério do Catumbi. Hoje seus restos mortais e os de sua esposa jazem no mausoléu defronte do Palácio Duque de Caxias, no centro do Rio de Janeiro.
Caxias foi grande patriota, cidadão exemplar e general nunca vencido. Pacificou o Maranhão, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Foi hábil político e notável administrador. Morreu com 77 anos de idade e pobre. Foi, porém, o maior dos nossos soldados.
O Exército Nacional comemora na data de seu aniversário o Dia do Soldado, como uma homenagem sincera a este general e duque. Por sua ação pacificadora, foi eleito Patrono do Exército.
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