Editorial - Sinal vermelho

quinta-feira, 29 de julho de 2010
por Jornal A Voz da Serra

MAIS UMA vez o banco de sangue do Hospital Raul Sertã acende a luz de atenção sobre os seus estoques, refletindo a ausência de doadores para manter o número de bolsas num nível satisfatório para suprir a demanda. O pedido não é o primeiro, e faz parte da campanha quase permanente que as autoridades da saúde fazem à comunidade.

FREQUENTEMENTE o Banco de Sangue do Hospital Raul Sertã realiza campanhas para captação de doadores e com isso manter o estoque do hemocentro. Mas não são suficientes. Os pedidos feitos pelos administradores não são fatos isolados e com eles fazem coro outras instituições que dependem da solidariedade e da sociabilidade da população para manter as suas portas abertas.

EM TODO O Brasil milhares de pacientes correm risco de vida quando falta sangue no atendimento médico de emergência. Essa situação se agrava pelo aumento no número de acidentes nas estradas durante as férias escolares e feriados, e pela violência urbana. Agora mesmo o INCA, no Rio, sofre com a falta de sangue nas suas cirurgias. E apenas 2% da população brasileira se sensibilizam com a doação voluntária.

NESTA ÉPOCA do ano, de férias escolares, o número de acidentes nas estradas é bem maior, implicando na adoção de diversas medidas de prevenção, das quais a infraestrutura hospitalar é uma das prioridades. Para tanto, a doação de sangue se torna imprescindível, cabendo à população em boas condições de saúde fazer a sua parte, comparecendo ao Hemocentro.

O PROBLEMA com a doação de sangue em Nova Friburgo só pode diminuir através da conscientização da sociedade para a importância do gesto humanitário. Trata-se de uma atitude que pode salvar vidas e não deve ser encarada com indiferença pela população.

CABE ainda às autoridades públicas sugerir campanhas e esclarecimentos nas escolas do município que ressaltem o valor da doação como um ato de cidadania. E que também consigam dar ao banco de sangue municipal as reais condições de captar número maior de doadores com uma infraestrutura mais adequada. O prédio inacabado do HemoRio, na área do Hospital Raul Sertã, não pode permanecer como está.

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