Polícia - 22 de julho.

quinta-feira, 22 de julho de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Desempregado misturava cocaína com fermento para vender

Em sua casa, no Loteamento dos Maias,agentes da P2 apreenderam drogas e munições

O caminhoneiro desempregado Robison Fernandes Muniz, 33 anos, foi preso em flagrante na tarde de terça-feira, 20, em sua casa, na Rua Eugênio de Almeida Maia, no Loteamento dos Maias, distrito de Conselheiro Paulino, por agentes do serviço reservado (P2) do 11º BPM. Ele escondia 18 sacolés de cocaína, 50 sacos plásticos transparentes vazios, para embalar drogas, e ainda um pote de fermento em pó, que seria utilizado para ‘batizar’ o entorpecente, misturando-o à cocaína. Todo o material estava escondido em meio a sacos de areia lavada para obras, numa escada no interior do imóvel. Embaixo de uma pia na cozinha do primeiro andar da casa, os agentes da P2 apreenderam pelo menos nove munições de diferentes calibres. Também foi apreendido R$ 560 com Robison.

Os policiais chegaram ao loteamento a fim de investigar denúncia anônima dando conta da presença de um homem branco e forte, que estaria armado e comercializando drogas próximo a um bar. Ao ser abordado pelos policiais ainda na rua, ele não esboçou reação e negou possuir drogas para venda. Robison, em seguida, franqueou a entrada dos agentes da P2 em sua casa, onde foram encontradas a droga e as munições. Na 151ª DP ele disse que é viciado em cocaína há cerca de um ano e que por estar desempregado resolveu adquirir o entorpecente para revendê-lo, misturando o fermento em pó para fazer a cocaína “render”. Cada sacolé seria vendido entre R$ 30 e R$ 50.

Robison declarou ainda que não possui armas e que as munições apreendidas em sua casa foram adquiridas recentemente de um homem desconhecido, que apareceu no bairro vendendo desinfetantes de fabricação caseira e lhe ofereceu as munições. Ao prestar depoimento, ele disse estar arrependido. Robison foi recolhido à base carcerária da Polinter em Nova Friburgo, anexa à 151ª DP.

Pai de adolescente que morreu atropelado acredita na punição de motorista assassino

A morte do estudante José Carlos Machado Martins, 14 anos, atingido por uma pick-up branca, de placa não anotada, quando pedalava uma bicicleta no acostamento da pista da RJ-116, no sentido Conselheiro Paulino, não pode ficar impune. Pelo menos é isto que espera o pai do adolescente morto no último dia 8. Funcionário de um ferro-velho nas imediações do local do acidente (altura do km 90 da rodovia, na localidade de Furnas do Catete), José Carlos da Costa Martins diz que o motorista da pick-up que fugiu do local tem que ser identificado e responsabilizado judicialmente pelo crime.

José Carlos admite ser muito difícil que o motorista, após uma análise de consciência, se apresente às autoridades, mas aposta na colaboração de alguma testemunha que possa ter identificado o veículo. “Soube que essa pick-up passou pelo pedágio e saiu de lá em disparada, e alguém viu o acidente. Minha família precisa dessa colaboração”, apelou José Carlos. Ele, inclusive, forneceu à reportagem de A VOZ DA SERRA seu telefone celular – 8152-3299 –, para o recebimento de informações anônimas que possam levá-lo à identificação do motorista atropelador. “Não quero vingança, apenas que seja feita justiça”, sustenta José Carlos.

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