BALANÇO feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), divulgado terça, sobre o eleitorado brasileiro, mostrou que o número de jovens eleitores – entre 16 e 17 anos e que não são obrigados a votar – caiu 18%. Os 2.391.352 inscritos representam 1,761% do total de eleitores habilitados a escolher candidatos nas eleições de outubro, apresentando o menor percentual de jovens inscritos nas últimas três eleições.
O TRIBUNAL não sabe ainda determinar o que levou à queda, porém, fica claro, a princípio, que o desinteresse tem fundamento no momento político e nas lideranças que postulam cargos eletivos no país em outubro próximo. A ‘ficha suja’ de muitos candidatos no país também ajudou a aumentar o desinteresse.
ASSIM como a violência na juventude é um problema para o Brasil, a apatia dos jovens pela política também vem se revelando num novo problema do país. As campanhas motivacionais não são suficientes para ligar o jovem ao voto. Apatia, desinteresse ou desilusão com os passos políticos, dentre os quais o mais negativo é a corrupção, afastam os jovens das urnas eleitorais.
PARA AS autoridades, a apatia deve ser combatida com a força do voto, voltado principalmente para as causas sociais. Neste aspecto, os jovens não tem porque ficar desmotivados. Num país cheio de contrastes sociais, as mudanças só poderão ocorrer com a participação do eleitorado, votando naqueles mais comprometidos com as propostas que modifiquem tais contrastes.
NOVA FRIBURGO não se exclui do problema. Para romper este desafio, os candidatos precisam estar ligados a temas que falam diretamente à juventude e ofereçam perspectivas de crescimento profissional e pessoal. De nada adiantarão as promessas genéricas, sabidamente desinteressantes, e que não conseguem atrair os jovens.
O BRASIL vive um momento raro de inclusão da juventude e o município não pode perder esta oportunidade de mudar também o seu perfil eleitoral. Porém, mais importante que o convencimento é a mobilização partidária, que pode oferecer novas opções aos jovens, quer pelo engajamento político-partidário, quer pela demonstração de questões de políticas públicas que sensibilizem a juventude, dentre elas, o esporte, a educação, o trabalho, a cultura e o meio ambiente.
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