Polícia - 9 de julho.

sexta-feira, 09 de julho de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Morte de mulher atropelada

no Centro foi suicídio

Vítima sofria de depressão e deixou bilhete isentando de culpa o motorista atropelador

O atropelamento na tarde de quarta-feira, 7, na Avenida Comte Bittencourt, Centro, que resultou na morte de uma mulher, não foi acidental. A dona de casa Oneida Klein Mafort, 56 anos, suicidou-se ao se atirar na frente de um caminhão, LKS 8759, de Teresópolis, que transportava pedras, próximo à esquina da Rua Galeano das Neves. Esta constatação se deu através de um bilhete encontrado num dos bolsos do casaco que a vítima usava, com os números dos telefones de uma vizinha de sua nora e de uma amiga, que poderiam comunicar sua morte aos familiares. No bilhete, escrito à caneta, com letras de forma e numa folha rasgada de caderno escolar, Oneida isentou o caminhoneiro de qualquer culpa com a mensagem: “Eu me joguei embaixo do caminhão e me chamo Oneida”.

Na 151ª DP familiares da vítima disseram que ela sofria de depressão e ultimamente se submetia a tratamento psiquiátrico. A doença de Oneida, ainda segundo os familiares, teria sido agravada após a morte de seu marido num acidente de caminhão, há cerca de quatro anos. Ela morava no distrito de Barra Alegre, em Bom Jardim, e foi atropelada por volta das 12h30, ao atravessar a Avenida Comte Bittencourt, a menos de 50 metros de um semáforo e de uma faixa de pedestres. De acordo com populares que testemunharam o trágico acidente, Oneida teria tropeçado durante a travessia, sendo colhida pelo caminhão.

O motorista Nilo Freitas da Conceição, 38 anos, ainda tentou frear bruscamente, subindo na calçada à margem do Rio Bengalas, mas não conseguiu evitar o acidente. Oneida foi esmagada e teve morte instantânea. Nilo teve uma crise nervosa e foi medicado no Hospital Municipal Raul Sertã. Devido ao acidente, a Avenida Comte Bittencourt permaneceu em meia pista até a remoção do cadáver e a retirada do caminhão, o que causou grande congestionamento no eixo rodoviário, com reflexos no bairro Ypu e nas principais ruas e avenidas do centro da cidade.

Costureira levava pistola e drogas no

casaco e na bolsa com roupas íntimas

Ela foi presa em flagrante por PMs que investigavam retomada de traficantes no Morro do Dedé

A costureira Gisely da Silva Santos, 23 anos, foi presa em flagrante na manhã da quarta-feira, 7, na Rua Caraíba, no Loteamento Três Irmãos, distrito de Conselheiro Paulino, com 22 sacolés de cocaína escondidos na manga do casaco e com a inscrição Trem Bala de R$ 5, e ainda 61 trouxinhas de maconha com a inscrição CVRL de R$ 5, uma pistola 9mm, de uso proibido até mesmo para a polícia, e uma touca ninja, que estavam numa bolsa de viagem com diversas calcinhas e sutiãs.

Gisely foi surpreendida num Palio branco, de placa não anotada, por policiais militares do 11º BPM que investigavam uma denúncia de que traficantes que fugiram do Alto do Floresta, o Morro do Dedé, na noite do último domingo, 4, após troca de tiros, que resultou na morte de um homem que vendia drogas na Rua B, estariam retornando ao bairro para comandar as bocas de fumo.

Os policiais suspeitaram do Palio, que trafegava em contramão, na Rua Caraíba, e exigiram que o motorista parasse para revista. Assim que Gisely desembarcou do veículo para ser abordada, o motorista arrancou e fugiu em disparada. A costureira admitiu aos policiais que a cocaína encontrada na manga do seu casaco era para consumo próprio, mas que o restante da droga e a pistola escondidos na bolsa seriam do motorista do Palio, conhecido apenas como Alex, que seria namorado de uma prima dela.

Levada para a 151ª DP, Gisely se recusou a prestar depoimento, alegando que só dará declarações em juízo. Até ontem, 8, ela ainda permanecia no setor de carceragem da Polinter, anexo à delegacia, aguardando a liberação de uma vaga nas unidades prisionais femininas do órgão no estado.

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