Editorial - Risco contínuo

sexta-feira, 09 de julho de 2010
por Jornal A Voz da Serra

MAIS UMA vez A VOZ DA SERRA noticia em sua edição atropelamentos e colisões com vítimas provocadas pelo trânsito na cidade. E ao que parece, estamos longe de deixar de noticiá-las. Os pedestres, infelizmente, são vítimas de acidentes por falta de atenção e conscientização sobre os riscos dessa difícil convivência. O resultado é muitas vezes a perda de vida, como ocorreu na tarde de quarta, na Avenida Comte Bittencourt.

PISTAS como a Avenida Roberto Silveira e as avenidas que margeiam o Rio Bengalas se transformam em vilãs de pedestres, pois, velozes e sem oferecerem uma segura condição de travessia, são arriscadas a toda hora do dia. E também as rodovias estaduais existentes no município, como a estrada Muri-Lumiar e a TereFri.

O JORNAL aborda frequentemente o assunto, e, por mais que se fale, percebe-se o desinteresse de muitos sobre o tema, preferindo arriscar a vida podendo mesmo perdê-la por falta de atenção. O Brasil é campeão em acidentes e vítimas do trânsito, levando as autoridades a se preocuparem bastante com o problema. Diariamente a mídia dá conta de acidentes, indicando que infelizmente a tendência não é diminuir.

PARA QUE a estatística não aumente, torna-se necessário uma ampla campanha de conscientização levando motoristas e pedestres a compreender a extensão da grave situação, visando à diminuição de acidentes. Porém, a proposta não depende apenas do governo. Depende, fundamentalmente, da sociedade organizada, notadamente os meios educacionais, desencadeando um processo de informação que começa bem cedo, ainda nos bancos escolares.

NOVA Friburgo, por sua localização e uma limitada área de circulação, além do excessivo número de veículos, deve se preocupar com o tema enfrentando o problema de frente. Para tanto, é preciso unir os poderes públicos e a sociedade, numa mobilização permanente de prevenção de acidentes no trânsito.

A AUTRAN está disciplinando o trânsito na cidade e o chamado choque de ordem vem sendo adotado com êxito em diversas ocasiões. Porém, não basta apenas vigiar e punir. É preciso informar, educar e conscientizar. Tal tarefa não se executa em apenas um dia. É um trabalho de longo prazo, que exigirá também uma forte presença do poder público com o investimento necessário.

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