MUITO BEM observado pelo colunista Giusepe Massimo, na edição de ontem de AVS: o estacionamento de veículos no centro da cidade é uma romaria para milhares de motoristas e um privilégio para poucos. Além de disputadas, muitas vagas ainda são “privativas”, numa afronta a quem paga impostos e exige um atendimento adequado, sem privilégios.
AS AUTORIDADES que estão empenhadas em criar a chamada ordem urbana, disciplinando as vagas, corrigindo o saturado trânsito nas vias centrais, deveriam também se preocupar com o excessivo número de vagas privativas para organismos públicos. Muitas repartições não necessitam de vagas privativas e estas só servem como uma mordomia extra para o funcionalismo. Mas para os demais motoristas, é um privilégio que deve ser combatido.
MAIS QUE prometer o modernismo urbano que as cidades brasileiras carecem, precisamos combater a dura realidade dos dias atuais, sendo um dos piores exemplos o transporte individual no município. Sobram placas proibitivas e faltam vagas para os mais de 65 mil veículos emplacados na cidade.
SEM VAGAS e contando com a dura vigilância contra infratores, as ruas se transformam num labirinto no qual motoristas não encontram saída. O jeito, infelizmente, é pagar – e caro – por uma vaga num estacionamento privado, deixando as ruas e avenidas para os funcionários públicos de todos os níveis, bancos, farmácias, supermercados, deficientes físicos, veículos de carga e um sem número de outros privilegiados.
NÃO RESTA dúvida que o ponto nevrálgico para quem quer vir de carro ao centro da cidade é a procura por vagas. Moradores e turistas lamentam as dificuldades e pedem há muito tempo a necessária modificação para permitir um livre escoamento do tráfego, mas até agora a Autran não realizou nenhuma mudança que viesse a favorecer os motoristas. Resultado: um trânsito bagunçado.
AS PLACAS de sinalização proibitiva ou restritiva se espalham com velocidade na cidade, retirando do cidadão o livre trânsito. A solução encontrada pelos motoristas para as vagas gratuitas é chegar bem cedo ao centro da cidade, se quiser arrumar um lugar, mesmo sabendo que já encontram as vagas “cativas” de um sem número de moradores de prédios sem garagem, aumentando ainda mais o sufoco.
NUM ANO eleitoral, os candidatos que propuserem alternativas de melhorias para as pequenas e médias cidades do estado do Rio sairão na frente. Pelo menos terão a adesão dos motoristas que não suportam mais a indiferença e a falta de providência. Nova Friburgo precisa solucionar, e rapidamente, as antigas reivindicações da população, sendo o trânsito um dos piores nós da gestão municipal. Senão, chegaremos aos 200 anos com um moderno sistema de transporte de massa, o trem, e sem vagas para estacionar.
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