Um roteiro diferente em Paris

quarta-feira, 09 de junho de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Após 20 horas de viagem chegamos ao nosso hotel em Paris, na Porta de Pantin, próximo à cidade da Música ou La Villette. Foi o tempo de tomar uma chuveirada e sair para esticar as pernas numa caminhada pelos arredores; não se tratava de aproveitar ao problema é que nessa época do ano o fuso horário daqui é de cinco horas para mais em relação ao Brasil; se você for tirar uma soneca para descansar, da um nó no cerebro e dormir na hora em que estamos acostumados torna-se uma dor de cabeça. Como fizemos, mesmo que ao irmos para a cama correspondesse a seis da tarde no Brasil, o cansaço era tamanho que pegar no sono foi questão de minutos e acordamos no dia seguinte, novos em folha, para começarmos nossas férias.

Paris é para ser curtida a pé e de metrô. Dependendo do tempo que se vai passar na cidade pode-se comprar o bilhete do metrô conhecido como Paris Turismo que dá direito a não importa quantas viagens por dia e o preço bem mais em conta. No nosso caso ficamos com o passe para cinco dias a 49 euros por pessoa, com direito a andar em todas as linhas. O bilhete único custa 1,60 euros e serve apenas para uma viagem em trechos pré-determinados.

Dessa vez nosso roteiro foi diferente daqueles de uma excursão habitual que inclui os pontos turísticos mais badalados e, por consequência, os mais cheios de gente como o Louvre, a Torre Eiffel, Igreja de Notre Dame, Túmulo de Napoleão e outros mais. Começamos pelo canal de San Martin, uma antiga ligação fluvial que permitia os barcos atravessarem a cidade, sem precisarem navegar por todo o rio Sena. Ideia de Luis XIV, sua construção começou em 1802 com Napoleão Bonaparte e só foi concluído em 1825; desse período até a década de 1960 manteve um tráfego intenso de barcaças que carregavam areia e carvão todos os dias. Hoje é uma das paisagens urbanas mais pitorescas de Paris e um local pouco conhecido. Suas nove eclusas e duas pontes uma que roda e a outra elevadiça dão passagem a barcos de turismo que ligam o porto de lazer Paris-Arsenal ao parque de La Villette. Suas margens arborizadas, as pequenas praças, uma marina e uma mistura de casario antigo com edifícios novos o tornam, também, uma das paisagens mais românticas da capital francesa. Chega-se até lá pela linha 5 do metro (Place d´Italie- Bobigny Pablo Picasso) com descida na estação de Stalingrad.

Visitamos também o parque Buttes de Chaumont que fica próximo à estação de Laumière, na mesma linha 5. É um espaço muito frequentado pelos parisienses nessa época do ano, quando a temperatura amena do final da primavera propicia caminhadas, banhos de sol e picnics ao ar livre.

Reservamos a manhã de sábado para voltarmos ao aeroporto Charles de Gaulle onde pegamos nosso carro. Aqui outra dica: se você vai ficar mais de 17 dias viajando por sua conta, o preço do leasing é melhor que o do aluguel alem da quilometragem ser ilimitada e os seguros estarem incluídos.

À tarde fomos ao bosque de Vincennes onde fica também o castelo de Vincennes. O bosque está mal conservado, mas é um lugar bem arborizado o que nos ajudou a suportar o calor de mais de 30 graus. Quanto ao castelo é interessante por ser do século XIII, além de uma curiosidade que me chamou a atenção. Por ser próximo de Paris e bem defendido na época, era o lugar escolhido para esconder os pequenos futuros reis quando o monarca morria. Foi assim com Luís XIII, após o assassinato de Henrique IV e com Luís XIV após a morte de Luis XIII. Chega-se lá, pela linha 1, partindo-se da estação de Chatelet Les Halles, a mais central e a maior das estações do metrô parisiense.

Por Max Wolosker

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