A INAUGURAÇÃO, ontem, da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nova Friburgo faz parte da rotina das últimas visitas do governador Sérgio Cabral a municípios do interior, porém, para quem a recebe, no caso, a população, o acontecimento é um feito raro.
A UPA 24 horas vai ampliar o atendimento médico da cidade e da região e diminuir o número das urgências do Hospital Raul Sertã, até então o único a receber o fluxo de diversas cidades em busca de socorro médico. Porém, mais importante, é que dará vazão a uma grande quantidade de pacientes que até então buscam a rede pública e são obrigados a esperar um longo tempo. Como unidade de atendimento de urgência de baixa e média complexidades, a UPA pode atender a 300 pacientes por dia.
A CHEGADA de mais um serviço público é sempre bem-vinda. Afinal, a saúde é o desafio permanente dos governos em qualquer nível e no caso friburguense não é diferente. O Hospital Raul Sertã sempre passou por dificuldades e, embora com um quadro de pessoal empenhado em fazer o melhor possível, não conseguia suprir as necessidades da população.
DEVIDO À condição de único hospital de porte na região, o HRS recebe um fluxo grande de pacientes, aumentando a procura por cirurgias e internações, o que o leva à saturação dos dias atuais. Contudo, ruim com ele, pior sem ele, o HRS é referência regional e porta de chegada de qualquer usuário do sistema público. A UPA chega para ampliar o atendimento do município e, não necessariamente, resolver os problemas estruturais do hospital.
COMO A saúde pública significa custos muitas vezes superiores ao que é arrecadado, resta aos governos municipais, os gestores da saúde, buscar o apoio da iniciativa privada para a solução de alguns de seus problemas. Como é o caso de Nova Friburgo, pois seu hospital está sendo reformado através de parceria com a Stam.
A CHEGADA da UPA é um alívio para a população, um ganho para todos nós, porém não será o fim dos problemas da saúde friburguense. Aliado à ampliação do atendimento de urgência, cabe também ao governo realizar campanhas preventivas de saúde pública, visando à formação de uma população mais saudável e, consequentemente, mais sadia.
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