Pombos: pequenos animais que podem trazer uma série de grandes complicações

terça-feira, 01 de junho de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Leonardo Lima

O carinho e respeito pelos animais é algo muito valorizado na sociedade, tendo, inclusive, órgãos fiscalizadores que os protegem, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). Cenas como a das fotos que ilustram esta matéria causam sensações distintas: ao mesmo tempo em que a senhora demonstra solidariedade alimentando os pombos, contribui para a proliferação destes animais, que causam uma série de danos.

O pombo comum, também conhecido como pombo doméstico ou pombo das rochas, é uma ave bastante frequente nas áreas urbanas. Sua origem é asiática e há imagens que os representam na Mesopotâmia datadas de 4.500 anos a.C.. Eles se alimentam de sementes, frutas, grãos e, nas cidades, de qualquer resto de alimento que encontram, inclusive alguns resíduos. Curiosamente, não há nenhum predador destes animais nos grandes centros e como sua reprodução é rápida causa um grave problema ambiental ao homem.

Além de competir por alimento com outras espécies nativas e danificar monumentos históricos, esta ave pode transmitir uma série de doenças. Entre elas estão a criptococose, que é transmitida pela inalação da poeira contendo fezes secas do animal, que compromete o pulmão, o sistema nervoso central e pode causar alergias, micose e até meningite; a salmonelose, contraída através da ingestão de ovos e carnes contaminadas por uma bactéria também presente nas fezes dos pombos, que gera infecção alimentar; as dermatites, causadas pelos chamados piolhos de pombos, que provocam erupções na pele, além de coceiras no corpo; e alergias, ocasionadas pela inalação de penugens, que pode causar rinite e bronquite.

Há alguns métodos conhecidos que evitam a presença desses animais, como evitar alimentá-los; consertar falhas em estruturas que permitam a construção de ninhos; vedar as bordas entre os telhados e lajes para impedir o acesso deles; e construir parapeitos com alguma inclinação, já que eles normalmente não pousam em superfícies inclinadas.

Embora o problema seja notório, ainda não existem políticas públicas para controle da população de pombos e nem mesmo medidas preventivas para que seja evitado o contágio de doenças causadas por eles. Assim sendo, a única forma de amenizar o problema é se conscientizando do impacto que o simples ato de alimentar tais animais pode causar.

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