Flávia Namen
A Praça Dermeval Barbosa Moreira foi palco de um evento promovido pela Fundação Municipal de Saúde na última terça-feira, 18, para marcar o Dia Nacional da Luta Antimanicomial e divulgar o serviço de atendimento do Centro de Atenção Psicossocial de Nova Friburgo (Caps). A programação movimentou o local e atraiu a atenção de quem passava para a questão da integração dos portadores de transtornos mentais junto à família e sociedade.
O público que passou pela praça pôde conferir um pouco do trabalho feito no Caps, que presta um serviço público municipal pioneiro na área de saúde mental. Isto porque segue os preceitos Reforma Psiquiátrica Brasileira, oferecendo um tratamento humano e acolhedor aos portadores de transtornos mentais. Localizado em uma ampla casa na Avenida Comte Bittencourt, o centro funciona como um segundo lar para os usuários inscritos. No local são oferecidos cuidados individualizados, através de uma equipe multidisciplinar, e atividades terapêuticas, como marcenaria e artesanato, estimulando a expressão artística dos usuários e favorecendo a reinserção profissional.
Um estande repleto de objetos artesanais, como bijuterias, toalhas e panos de prato bordados, produzidos pelos pacientes, foi uma das atrações do evento. Destaque também para os cartazes com frases criadas pelos usuários, como a de uma mulher que dizia: “Antes do Caps eu não vivia, eu vegetava. Hoje estou acordando para a vida!”.
Vale destacar que a equipe de profissionais e usuários do centro foi para a praça com camisetas pretas contendo uma mensagem sobre a importância da humanização do atendimento psiquiátrico. A frase, de autoria da saudosa psiquiatra Nise da Silveira, dizia: “O que melhora o atendimento é o contato afetivo de uma pessoa com outra. O que cura é a alegria, o que cura é a falta de preconceito”.
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