Editorial - Sacolas por um triz

quinta-feira, 13 de maio de 2010
por Jornal A Voz da Serra

O QUE IRÃO falar para os clientes? – Indagam os donos de supermercados obrigados a acabarem com as sacolas de plástico, que deverão ser substituídas por bolsas retornáveis. É o que manda a lei estadual 5.502, de 15 de julho de 2009 e o tempo corre contra eles. Os prazos para a substituição são de dois a três anos, para micro e pequenas empresas, e de um ano para empresas de médio e grande porte. Portanto, a data limite para os grandes supermercados se adequarem à nova lei se encerra em 15 de julho deste ano.

A REAÇÃO jurídica através de recurso será a forma pela qual os empresários buscarão se defender de alguns artigos da lei, conforme declararam em encontro esta semana entre representantes de supermercados, parlamentares e a Secretaria de Estado do Ambiente. Uma polêmica está formada, porém as autoridades da área de desenvolvimento sustentável não irão abrir mão da fiscalização sobre quem descumprir a lei.

A CADA hora, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, são consumidas cerca de 1,5 milhão de sacolas no país, 36 milhões ao dia. No mundo, o número salta: 500 bilhões anualmente. Além de poluentes, as sacolas causam muitos outros impactos ambientais, sendo responsáveis por entupimentos de bueiros e saídas d’água, provocando estragos em épocas de chuva.

A EXTINÇÃO das sacolas plásticas conta com o apoio da população e como já ocorre em muitas cidades em todo o país, inclusive em Nova Friburgo, a medida tem sido bem aceita e compreendida por todos. A sociedade vem se conscientizando da necessidade de sua redução, cuja causa está na sua origem e não somente no usuário que irá descartá-la. A mudança deve partir de quem produz, doa a quem doer.

O FRIBURGUENSE não está indiferente ao assunto. A cada momento do dia ele pode contribuir recusando as sacolas plásticas, eliminando a sua circulação, substituindo-as por bolsas ou outra embalagem retornável. Isso já vem sendo feito, porém, não custa nada fazer mais.

ASSIM COMO as indesejáveis sacolas, outros lixos se constituem num desafio para a gestão ambiental de Nova Friburgo. Questões ambientais como o uso agrotóxico na produção rural do município, as queimadas criminosas, as ocupações em áreas de risco e outras agressões ao ambiente devem ter destino igual ao da lei, uma solução definitiva.

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