Leonardo Lima
Na próxima terça-feira, 20, às 19h, o escritor e colunista de A VOZ DA SERRA, Augusto Muros, lançará no Centro de Arte o livro Um Morto na Carona (Editora Livro Pronto/SP). A obra é um romance policial que conta a história de um transportador de malote, de um grande banco, que dá carona a uma pessoa e ela morre no percurso. A partir daí, a história se desenvolve com ingredientes intrigantes, com muito suspense e uma pitada de humor.
“A ideia de escrever essa história surgiu há muitos anos, quando um amigo meu, bancário, me contou algo parecido. Achei esse mote bastante interessante e chegou um momento em que decidi produzir esse trabalho. É uma história que, implicitamente, passa a impressão de se passar em Nova Friburgo. Nela eu abordo temas atuais, como as implicações políticas ou a corrupção. Há muito do cotidiano, do jeito de ser do povo brasileiro” revela.
Segundo Muros, uma história curiosa cerca a produção desta obra. “Demorei três anos para escrever esse livro. A ideia inicial foi fazer um conto, que eu finalizei e mostrei para a minha filha. Ela foi taxativa. “Papai, está muito ruim!”, me disse, de cara. Então, tive de reescrever praticamente toda a história, mas essa segunda versão realmente ficou muito melhor”, acredita.
O escritor adianta o perfil de alguns personagens da trama. “Além do transportador, há uma esposa ciumenta, um vizinho bisbilhoteiro, uma viúva bastante sensual e extravagante, e um detetive que não vê a hora de se aposentar. Aliás, achei tão interessante esse detetive que ele acabou tendo um espaço maior na história do que imaginei no começo. Mas é assim mesmo. Os personagens acabam criando vida própria. E mais: eu sempre me identifico um pouco com cada um deles” afirma.
As obras de Muros
Em 1980, incentivado pelo Gama (Grupo Arte Movimento e Ação), do qual faz parte, Augusto Muros lançava seu primeiro livro, intitulado Aqui, Friburgo, reunindo uma coleção de crônicas publicadas em AVS. Cinco anos depois, publicou Martini com Cereja, pela Editora Chogum, que pertencia a Cristina de Oiticica, esposa do também escritor Paulo Coelho, que também reunia crônicas do jornal. Em seguida, veio Minha Doce Mila, de 1994, composta por contos inéditos. Em 2005, comemorando 25 anos de AVS, Muros lançou O índio paraguaio, que além de crônicas publicadas no jornal, continha novos textos seus. Um deles, inclusive, lhe rendeu um prêmio em Brasília.
“Cada um destes livros me deu um prazer diferente. É como perguntar a um pai de que filho ele gosta mais. Quando finalizo um livro, tiro um certo peso das minhas costas. Sinto um alívio, que vem seguido de uma gratificação muito grande. É muito bom você ver as pessoas comentando, constatar que seus livros estão sendo vendidos”, diz.
E o sexto trabalho do escritor já está a caminho. “Estou escrevendo um novo romance, que a princípio irá se chamar Dona Guiomar e o Fantasma. No entanto, com os compromissos de lançamento de Um Morto na Carona, o texto está um pouco parado. Minha ideia é finalizar este livro até o fim do ano que vem para ser lançado em 2012”, projeta.
Atualmente, o escritor não esconde que seu principal foco está no lançamento do romance policial. “Espero que um bom público compareça no Centro de Arte. Além de ser um momento voltado para os leitores, é também uma excelente oportunidade de aproximar as pessoas e rever os amigos”, afirma. “Logicamente, espero também que comprem o livro, é claro”, brinca. Por enquanto, o livro só pode ser adquirido através do site www.livropronto.com.br e custa R$ 25.
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