Fevest 2010 precisa da adesão dos confeccionistas para ser realizada

terça-feira, 06 de abril de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Das 57 pessoas presentes no evento de pré-lançamento da Fevest, na última terça-feira, no Auditório do Senai, 28 eram confeccionistas. Eles aderiram à realização da Fevest 2010 através da assinatura de um Termo de Compromisso individual e se comprometeram também a arregaçar as mangas para atrair um número de empresários que garanta a realização do evento de maior visibilidade da região.

 A Fevest leva o nome de Nova Friburgo muito além de suas fronteiras. Graças à moda íntima, a cidade tornou-se muito mais conhecida e não apenas pelo pessoal do setor. Depois das dificuldades encontradas e superadas no ano passado, que resultou numa feira ao mesmo tempo menor e bem-sucedida, a realização da Fevest neste ano encontra novos obstáculos. Os representantes do setor e responsáveis pela feira foram claros: ou se consegue a adesão de 75 confeccionistas – número que garante a sustentabilidade da feira – ou a Fevest corre o sério risco de não acontecer.

 O impacto desta decisão pode afetar diretamente a economia e os empregos gerados pela cadeia produtiva do setor na região. “Se nós não tivéssemos a Fevest, quantos teriam a oportunidade de ter um negócio próprio? Se não tivermos a Fevest, quem vai sair de São Paulo, de Fortaleza, de Manaus para vir a Friburgo? Quanto mais tivermos a ofertar, maior será o interesse dos clientes de vir a Nova Friburgo”, afirmou o presidente da Firjan Regional, Carlos José Ieker, também empresário do setor.

 “O sindicato está aberto a discutir qual o caminho a seguir, que Fevest querem os confeccionistas. Temos pouco mais de 20 empresas comprometidas, precisamos de 75. É uma feira cara na sua montagem, não temos um local apropriado. Estamos ameaçados. Se continuarmos nessa inércia, corremos o risco de perder o lugar de principal polo de moda íntima do país”, disse Carlos Eduardo Lima, presidente do Sindvest, que deixa o cargo em primeiro de maio. “Torço para que possamos reverter essa situação”, disse ele. “Como friburguenses, nós amamos essa terra. Quantos de nós começaram aqui com três maquininhas? Temos um ramo de negócios aqui e foi essa cidade que nos deu oportunidade. Hoje temos uma indústria que gera quase 20 mil empregos”, lembrou Eduardo.

Representando o governo municipal, Bráulio Rezende defendeu a realização da feira e disse que a Prefeitura está empenhada na realização do evento. “Se hoje somos um polo reconhecido, é porque a Fevest ajudou muito. Se não fizermos a feira esse ano, no ano que vem será muito mais difícil. Temos que buscar os [empresários] que não vieram aqui”, disse ele, afirmando que o Country Clube já se comprometeu a rever os custos de locação do espaço.

Nelci Layola, presidente do Conselho da Moda, lembrou que “os fornecedores querem patrocinar a Fevest, mas para isso, os clientes, que são as empresas do setor, têm que estar presentes na feira”. O presidente da Firjan Regional falou no mesmo tom: “Se mostrarmos que temos adesão, vamos ter patrocinadores. Em qualquer feira que visitamos, há empresas que ocupam um quarteirão e outras que apresentam seu produto em um estande de 3m x 3m. Os grandes um dia foram pequenos e uma feira como a Fevest é o melhor caminho para apresentar os produtos”, finalizou.

 Banco do Brasil, Firjan, Sebrae, apoiadores, fornecedores da cadeia produtiva, colaboradores e a imprensa de forma geral compareceram ao chamado do Sindvest e dos parceiros da Fevest. Além da cadeia produtiva do setor, hotéis, restaurantes, diversos estabelecimentos e profissionais das mais diferentes categorias se beneficiam da realização da feira. Agora é esperar para ver se haverá união para fazer a força.

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