A Voz da Serra não perde os remos!

Diante do caderno Light, pronta  para embarcar, é assim que me sinto – “1% inspiração e 99% transpiração”. Não que me falte conteúdo, pelo contrário. Mas, escrever é coisa séria e, quando se trata de assumir um espaço para uma incrível jornada, a sensação é a de que nem mesmo a enxada tem o peso da caneta. Festejando o Dia Nacional do Designer Gráfico, o Light nos trouxe conhecimentos da profissão que coloca as habilidades criativas em primeiro plano. São jovens profissionais com um currículo que, antes, seria apenas atribuído aos mais velhos.

“O design está em tudo. Mas em tudo o quê?” – Ficou bem claro que entre arte e design a diferença é relevante. A arte propõe “interpretação subjetiva de suas obras, o design propõe algo objetivo...” - algo que precisa ser entendido para atingir suas finalidades. Na viagem, conhecemos vários ilustres do design, todos com narrativas de experiência de vida muito interessantes. Ricardo Graham resumiu tudo – “quando a gente faz o que ama, faz feliz”.

Quem também abrilhanta o Light, na melhor das “Impressões”, é o ator Bernardo Dugin, “que já tem estrada profissional bem sedimentada”. Entre tantas declarações, ele destaca a influência de sua primeira diretora de teatro, Jane Ayrão, do Taca, o grupo de teatro amador do Colégio Anchieta. Bonito reconhecimento, pois Jane é mesmo nota mil!

Pelo Dia da Cultura – 5 de novembro - nascimento de Rui Barbosa, David Massena lança luz sobre o assunto – “Aos olhos da Sociologia, cultura é tudo aquilo que resulta da criação humana...”. E o mais legal de tudo é que “não existe cultura superior ou inferior, melhor ou pior, mas sim culturas diferentes”.

Ana Borges nos trouxe um presentão de página inteira com matéria sobre a Fundação D. João VI e o Arquivo Pró-Memória. Segundo o presidente da Fundação, Nelson Augusto Bohrer, idealizador e coordenador do projeto, “o currículo da Fundação D. João VI tem peso, uma trajetória consistente, respeitável” – inclusive com “assento no Conselho Nacional de Arquivos (Conarq)”. Já que o projeto tem visão de continuidade “a medida que a cidade caminha”, vamos abraçar o seu lema – “Conecte-se, colabore, compartilhe”!

Acompanhando as eleições de 1966, em “Há 50 Anos” – “Na próxima eleição do dia 15 de novembro, a vontade soberana da nossa população valerá como atestado vivo dos homens e dos políticos preferidos pelo nosso povo”. E o dr. Amâncio mantendo o prestígio – “querido em todas as camadas sociais...”. Vamos aguardando!

Em “Massimo”, o “pacote de medidas” do governo do estado está sob medida para endoidecer o povo. Bem se vê que os justos pagam pelos pecadores. Enquanto isso, a operação pente-fino segue em busca de cortes de benefícios de segurados do INSS para reduzir “o rombo nas contas públicas”. Estamos no mato sem cachorro! Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come! Que mais podemos dizer sobre tanto afunilamento?

“Médicos vão à Justiça e podem entrar em greve nos próximos dias” – esse é o possível resultado de cortes nos salários dos profissionais de saúde e das precárias condições de trabalho no Hospital Municipal Raul Sertã e na Maternidade. Até o “Livro de Ordens e Ocorrências Médicas” foi fotografado com várias queixas registradas. Se a classe médica sofre com tudo isso, que dirá o povo que depende da classe e do atendimento hospitalar?

Não sabemos como parar essa avalanche de falências para todo lado, mas uma coisa é certa – o povo é quem paga o pato! O “Editorial” lança o olhar para o fato, entendendo “a dificuldade enfrentada pela saúde pública”, quando “os anos vão se sucedendo sem que os administradores consigam minimizar estes problemas...”.

Cada vez mais sentimos que “o manto da crise” escurece as perspectivas de novos horizontes. Só mesmo pegando carona com Ana Blue, acreditando que “amanhã é o dia pra fazer a coisa certa”... amanhã tudo estará melhor”, pois “até que se prove o contrário, o amanhã é lindo”. Que seja assim, pois se faltar esperança, aí, sim, que o barco afunda de uma vez por todas!