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terça-feira, 12 de junho de 2018

A estação de embarque me levou para os dias de junho da minha infância, quando as moças faziam simpatias de pingar vela derretida numa bacia com água e, de manhã, interpretavam o significado dos desenhos formados pelas boas mãos de Santo Antônio. Quando não obtinham as respostas esperadas, as moças deixavam o santo de cabeça para baixo. O “Z” nos traz uma entrevista com o padre Alex de Paiva que, perguntado sobre o assunto, explica que isso “não é uma prática católica e sim uma superstição”. Contudo, para quem quer acreditar, basta o senso comum e qualquer êxito alcançado no pedido, será atribuído a um milagre e não ao próprio empenho da pessoa.

Em “Impressões”, muitas devoções estão atribuídas a Santo Antônio, entre elas, a invocação para evitar naufrágios. Conta a história que o maestro Samuel Antonio, diante de uma tormenta em alto mar, invocou ajuda e foi atendido. O que resultou na construção da nossa Igreja de Santo Antônio e na criação da Real Banda Euterpe Friburguense. Ordilei Costa pergunta: “O amor tem idade?” Parece que o amor tem é tempo de ter a “força dos furacões” ou a brisa suave do outono. Mas, uma coisa é certa.  “O amor nunca sai de moda” e o casamento, por seu glamour, também não.

Marshall McLuhan muito bem lembrado por Ricardo Lengruber. Uma viagem histórica com Leo Arturius sobre as salas de cinema nos leva aos primórdios de nossa cidade desde 1912. Deu saudades do Eldorado. De agradável leitura, em Sobre Rodas, sempre encontramos conteúdo para maior aprendizado. Sabendo a hora de desacelerar ou seguir adiante, vamos ver o que há de novo para o Dia dos Namorados. Se ainda não comprou um presente, dá tempo. O comércio espera por você! Aliás, quem pode pensar num bom presente é o sortudo que ganhou prêmio de R$ 2,8 milhões na Quina, em aposta feita em Nova Friburgo. Talvez um cartão lotérico seja indício de um bom presente.

Em se tratando de presentear, nosso município não poderia ganhar presente mais importante do que o livro “Nova Friburgo 200 anos - da memória do passado ao projeto de futuro”. Em entrevista, a autora Vanessa Melnixenco traduz o sentimento de missão cumprida, em função do resultado final, “para orgulho de todos os envolvidos”. Com a “democratização do conhecimento”, o importante é “que todo friburguense seja parte e sujeito da história de sua cidade”. Lindo!  Parabéns a todos os idealizadores.

Dia 14 de junho não é somente o dia do aniversário de Girlan Guilland. A data é também Dia Mundial do Doador de Sangue e a campanha “Junho Vermelho” vai promover atividade conscientizando doadores na Zona Rural, nesta quarta-feira, 13, na Ceasa, em Conquista. Em se tratando de saúde, coisa alguma pode ficar no campo das esperas. Por isso mesmo, o Editorial alerta sobre as dificuldades enfrentadas pelos pacientes de câncer que se deslocam para outras cidades em busca de tratamento. No que se refere às obras da unidade oncológica do SUS em Nova Friburgo, como destaca o texto, “não pode virar clichê político utilizado para atrair eleitores”. Não pode mesmo!

Em “Há 50 anos” a coluna ressalta a coragem do então prefeito Amâncio Azevedo no sentido de adquirir o imóvel da estação da Leopoldina e transformá-lo em sede da prefeitura. Aos poucos, a mudança foi feita e hoje nos cabe bater palmas para a brilhante iniciativa e preservar o prédio com o maior amor do mundo. Massimo nos trouxe dois pensadores à luz do mesmo tema. Hoje vamos ficar com Santo Agostinho: “Não há lugar para a sabedoria onde não há paciência”. Combina bem com o estilo brasileiro, teimoso, de quem espera, pacientemente, a hora e a vez dos seus sonhos.

O roteiro da folha A4 está acabando, ainda com tanto a dizer. Eu deixei o “Pinçado da Internet” por último e aposto que David Massena está pensando: “Ela me esqueceu! Que nada, o pinçando é bom à beça. Vejam: “Quem diz que pão engorda não tem miolo”. Isso é achado de trovador. Mas, se dizem que o miolo é que engorda, o jeito é comer as cascas, pois é melhor ter inteligência do que ter miolo mole!

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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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