A Voz da Serra é o Estandarte de Ouro friburguense!

A fantasia está pronta e o Light é puro grito de carnaval. “Salve os orixás e muito axé para nossa nação!” - tudo de bom no Unidos do Imperador – “Abra a porta do terreiro, deixa meu canto ecoar”! Mas... “Me dá licença vou chegando, muitas léguas caminhei...” – e no Raio de Luar é festa de reis. É folia de Momo, mas “traz a sanfona que eu pego a viola” que na agricultura do Bola Branca nós vamos “plantar amor pra colher a paz”! Nessa colheita, “somos madeira de lei que nem cupim destrói” – garante o Globo de Ouro, “eternizado nesse carnaval”.

“Vixe, Mainha! Isso aqui tá pra lá de bom!”, pois de azul e branco, com a Alunos do Samba é hora de cantar muito samba-enredo. “Entre mistérios e conflitos, segredos a desvendar”, a Vilage é toda “enigma”, enquanto a Imperatriz de Olaria faz “o samba em forma de oração”. Assim, bem protegidos, a Unidos da Saudade nos convida ao passeio pelas Minas Gerais, “em busca do tesouro...”.

Se o desfile de blocos e de escolas de samba é maravilhoso, coisa alguma tira o brilho do “Carnaval da Moita”, da região de Rio Bonito de Cima, em Lumiar. Foi Ana Borges quem nos trouxe essa festa tradicional, onde os foliões brincam pelas ruas, vestidos com plantas e folhas, assustando o pessoal. E a brincadeira é se divertir com a cara tapada, matar a sede e... a bebida é de graça para os mascarados.

Em “Sociais” – “Salve, salve o Tony Ventura” – festejando aniversário nesse carnaval. Que festa, gente! Tony, figura carismática e participativa na vida friburguense, é das pessoas mais queridas na cidade, pois, quando o assunto é esporte, cultura, artes e projetos sociais, ele, certamente, está em todas! E vai de presente uma frase destacada em “Massimo” – “A coragem é a primeira das qualidades humanas, porque garante todas as outras”. Parabéns Tony! Mas, seguindo a viagem, em “Impressões”, o estudo das letras de marchinhas antigas em “Incorretas na boca do povo” – é tema para debates. Ou antigamente não existia malícia ou a civilização exacerbada começou a criar muitos movimentos “separatistas” e chegará o tempo em que as composições carnavalescas só falarão de flores e peixinhos. Ó abre alas que a ilusão quer desfilar!

Em “Há 50 Anos”, a Euterpe Friburguense festejava seus 104 anos. Fiquei aqui pensando nos bailes carnavalescos que a minha Família Bravo tanto gostava de brincar. Teria sido maravilhoso se a nossa Real Banda tivesse programado um grito de carnaval em seu salão para festejar, nesse domingo de carnaval, 26 de fevereiro, os seus 154 anos. Que peninha! Nossa geração, herdeira do amor euterpista, ficou só na vontade. Mas, enquanto isso, vivas para o “Café Literário” que, mesmo sendo sábado de folia, não deixou de programar seu encontro habitual na padaria Sans Souci. Parabéns!

Nossa viagem literária sempre desvia da página policial, mas, desta vez, precisamos registrar a eficiência de uma vistoria do Detran, no posto de Duas Pedras, quando o funcionário, efetuando seu trabalho para o licenciamento anual de um carro, identificou uma irregularidade no motor de um veículo. O motor em questão pertence a um carro que fora roubado, há 15 anos, em 2002, no Rio de Janeiro. O fato merece toda a relevância e pode ser uma tênue luzinha de que a justiça tarda, mas, não falha.  

 “Uma breve história de uma longa vida” – Esse é o título da matéria que anuncia o centenário do senhor Abdo Carim. Li e reli os relatos de Ana Borges sobre a “trajetória de Abdinho” e tudo é de um significado glorioso, tamanha a diversidade de sua vida centenária. O passado de experiências solidificadas é o alicerce de sua longevidade feliz e produtiva. Abdinho “se mantém ativo como pecuarista em São Sebastião do Alto, onde sobe e desce morro, juntando bois e se recusando a ociosidade”. Além de exercícios de alongamento e caminhadas, seu bom humor é notável. Com tanta disposição assim, tomara que a Previdência Social não saiba dessa façanha, pois as autoridades tentarão passar a aposentadoria do povo para os 100 anos. Nem pensar!