Surpresas de viagem: No arraiá verde e amarelo, salve o mês junino!

domingo, 15 de junho de 2014

Anarriê! Alavantu! O Light me levou ao pátio das brincadeiras de infância, no final da Travessa Bonsucesso I — Filó, onde Marilza Breder, com jovens da vizinhança, organizava a festa junina que alegrava o bairro. Colar as bandeirinhas, com cola de trigo, era tarefa das crianças. Os meninos preparavam os balões. Os maiores pegavam os bambus, as folhas de bananeiras e as lenhas da fogueira. As senhoras faziam as guloseimas e o quentão. Os senhores martelavam os pregos, prendendo a decoração nas alturas dos telhados. Mamãe rompia a madrugada no pedal da Singer, para compor a minha bela caipira, arrematada com fitas e laços multicores.

Ah! O Light não economiza emoções! E o apetite aumenta com as sugestões da "copa culinária”. Como diz Liliana, é um "prato cheio”. Trinta e dois países dentro de um país, de colonização variada, só pode dar um bom cozido à moda cosmopolita. Fome zero, nem pensar! Camarões, guacamole, chucrutes, burritos, vale tudo — desde que o Brasil não coma frangos! Os santos juninos que ajudem a Seleção. Quem gosta de fazer aquelas antigas simpatias, que não se esqueça de pedir, além de sorte no amor, sorte no jogo também. Para brindar o "solstício” de Ana Blue, um caneco de vinho quente pega bem!
Muito interessante a reportagem "Copa na cabeça”, não só pela curiosidade dos penteados, mas, em especial, porque trouxe ao brilho do Light, depoimentos curiosos de alguns profissionais dos fios. Hoje em dia tudo acaba em espetáculo e muito além de um belo penteado, do cabelo certinho, arrumadinho, em se tratando de moda, prevalece a inovação. Cabelo raspado, topetinho, franja, liso ou cacheado, tanto faz, pois, na final, tem que dar Brasil na cabeça! 
"Pula a fogueira, iaiá” e vamos conhecer, a fundo, a Rua Francisco Mieli, o imigrante italiano, que deu muito de si para o desenvolvimento da cidade. Antigamente, tudo se achava na Casa Mieli. Ouvia meu pessoal em casa dizer: "Vai na Mieli que tem!” E tudo isso vem lembrar, também, um regador de folha de flandre, pintado de marrom, que vovó usava para regar seus gerânios. Com tanto saudosismo assim, vem ainda o Rememorando com uma foto incrível da Ypu. Bastava meu pai aqui para dissertar sobre o panorama do início da década de 1940.

"País vive momentos dramáticos”! Como assim? A Copa mal começou e a seleção canarinho está em alta! — Não, minha gente! Nada a ver com 2014. Trata-se de Há 50 Anos. As notícias de 13 e 14 de junho de 64 estavam quentes. Melhor dizendo, "Lacerdistas, amarais netos e outros bichos” rasgavam a Constituição. (Memórias!)

A Praça do Viagra está em todas! Dá gosto ver esse local de socialização participando da vida da cidade. Das campanhas solidárias às trocas de figurinhas, tudo é permitido em prol da amizade. Por falar em solidariedade, está fazendo bonito o Rotary Clube com o projeto "De olho no futuro”. Lançar o olhar para as necessidades alheias é bonito e, quando se trata de estudantes, mais bonita ainda se transforma a ação. 

Para alguns leigos no assunto "aclimatação” — e me incluo — a escolha de Teresópolis para os treinos da seleção poderia parecer apenas uma questão de erro no circuito geográfico. Mas nada como o bom entendedor de "Ciências do Futebol”, Gustavo Pergentino, para assinar o Ponto de Vista e arejar o debate, ventilando informações técnicas. Agora sim, temos conhecimento de causa para questionar! 

Em A Voz da OAB, reflexões e uma pergunta: "O que virá com a Copa?” — Bem, de uma forma positiva, que venha a Taça e, depois das comemorações, que se mantenha o clima de paz, que os noticiários continuem com boas notícias, que as ruas permaneçam "enfeitadas” e a gente jamais se esqueça de que "tudo é um só coração”!

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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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