Surpresas de viagem – Colhendo tulipas na primavera friburguense

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Elisabeth Souza Cruz

Conhecer lugares, pessoas e costumes são alguns dos muitos benefícios para quem se embrenha estrada afora. A mesma sensação eu tenho quando começo meu roteiro literário em A VOZ DA SERRA. No Caderno Light, a estação de embarque é sempre aprazível. Desta vez, ainda mais estimulante, porque o passeio começa em São Pedro da Serra e Lumiar. Não sou Kiua, mas peço licença para ser "caminhante do céu” e percorrer a página 3, bisbilhotando a entrevista com Pedro. Corajoso, esse jovem cosmopolita — baiano, carioca, friburguense — já tem bagagem de mil vidas. É fácil aprender com sua sabedoria: "A contemplação, essa coisa que alimenta o espírito”. Quando se trata de alimento espiritual para o sustento das almas, a natureza em São Pedro e em Lumiar é generosa, pois "basta plantar que dá”!

Na paisagem Blue, a memória é mesmo assim: "a ânsia de re-viver alguma coisa”! É exatamente o que faço e lendo as dicas de "Novos Hábitos” de Chico, sinto o sabor das coalhadas que vovó Mariana preparava como ninguém. Usando ainda o conceito Blue, é "tão bom fantasiar, ter memória, ter história pra contar”, como fez George Pacheco, em Literatura. Cada um de nós já deve ter tido essa experiência de "a primeira vez em que eu quase morri”. O importante, como George, é perceber a "forte luz” e a mão estendida. Essa coisa de mão amiga sempre acontece. Como na indicação de Antonio Fernando, o filme Blue Jasmine tem a mão da irmã que acolhe a "ex-ricaça de Manhattan”. Eu já dei "cinco estrelas com louvor” para a narrativa de Antonio!

Sempre deixo a Estação Light com uma pontinha de saudade, achando que devia "ficar mais um pouquinho para ver se aprendo alguma coisa nessa parte do caminho...”. Entretanto, há "tulipas” para colher no percurso e logo se aprende com Tulipa Ruiz que "Efêmera” é o seu título para uma arte duradoura. Mas sigo descendo páginas e já estou na Rua Adolfo Lautz, que, pela foto, convida a um passeio dominical, com reverências ao tão abnegado doutor. A memória é isso: o doutor Lautz deixou a cidade em 1916, e aqui estamos a conhecer seus feitos. Um brinde especial para a estrela Dalva que nos traz essas taças de lembranças. Brindemos também os 68 anos do Sesc, com a primeira unidade inaugurada no Rio de Janeiro.

Memorável é ler Há 50 Anos. Com a manchete "Poder parece ter subido à cabeça do prefeito”, há muito que se comentar na coluna. Contudo, pesco uma pequena nota sobre a inauguração de "mais uma linda loja Ducal – a maior organização de roupas masculinas da América do Sul”. Era chique mesmo! 

Chique também é Maria Amélia falando em arte-educação. Empreendedora, corajosa e gabaritada no assunto, onde quer que atue, sempre dá certo. É sinônimo de confiança e as sementes que lança, germinam, vencendo até a improdutividade do solo. 

Uma página de "Impressões” para comentar e tudo é de primeira classe nesta viagem. Desde o riso, que nos desnuda numa cerimônia a rigor, ao Bistrô d’Arte, os temas cutucam a imaginação de como seria bom se a gente pudesse percorrer o novo mapa turístico da cidade, olhando as flores da primavera, andando de bicicletas, percorrendo a praça "reconfigurada”... Para que tudo aconteça, as eleições estão aí e há otimismo na mensagem do Editorial. "392 urnas eletrônicas já estão na cidade” para a manifestação do eleitorado friburguense. (Com o "título” de eleitor, o povo carrega uma grande interrogação: para quem dar um voto de confiança?) Temos gente boa aqui!

O Ponto de Vista vem a calhar. Para um bom negócio imobiliário, as orientações de Manoel Silveira Maia chegam na hora certa. Faz parte de um estudo minucioso escolher o imóvel, observando a localização, o custo de transporte e demais características. E tudo atrelado a uma boa agência imobiliária. Com as dicas de Manoel e o caderno de Classificados de AVS, agora é sair em campo e boas compras!

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Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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