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terça-feira, 12 de novembro de 2019

Diante de uma garrafa de vinho, quem é que pede licença para abri-la e, ainda por cima, faz um gesto de reverência para o seu conteúdo? Quem é que se debruça sobre uma boa taça de vinho para erguer um brinde aos vinhedos pela preciosidade de sua produção? Pois o Caderno Z nos trouxe uma exaltação ao tema, e eu sinto como é bom beber tantos conhecimentos. “Vinho e história se entrelaçam de tal maneira que não se pode dissociá-los”. Desde os seus primeiros mestres, os gregos, aos dias de hoje, coisa alguma se perdeu em termos de qualidade. Apenas houve um avanço nas tecnologias de seu preparo.

No Brasil, apesar “das dificuldades de solo e clima”, a arte de sua produção tem “padrão internacional de qualidade”. A maior adega do mundo impressiona pela sua extensão: “100 quilômetros de túneis”. Essa obra prima fica na Moldóvia e se destaca  pelo tamanho de seus corredores, onde se pode transitar com carros, “pelas ruas que possuem nomes de diversas variedades de uva”. Contudo, a adega mais antiga foi construída em 1395, no Hospital de Strasbourg, onde os pacientes eram também tratados com vinho e podiam até receber “cerca de dois litros” da bebida por dia. Nas transformações do tempo, a adega hoje é uma fonte de renda para o hospital.

Com tanta história, ainda precisamos “saber” o vinho e como explica Marcelo Copello: “vinho é boca”. Além do mais, “é importante diferenciar gosto de sabor”. Vamos aprendendo! Embriagados pelos conhecimentos, vamos deixar o “Z”, e Wanderson Nogueira não nos deixa sem um fecho envolvente: “Permita-se!... Porque essa de só sobreviver é castigo que os céus não nos lançaram...”.  

Se o vinho resiste aos estragos do tempo, nem tudo tem a mesma resistência. Basta olhar as fotos do casarão do Lazareto que se percebe a fragilidade de um patrimônio histórico indo por morro abaixo. O espaço construído no século 19, serviu de “centro de isolamento para pessoas portadoras de doenças infectocontagiosas” e agora o imóvel está prestes a ser “tombado” no verdadeiro sentido da palavra. As fotos de Henrique Pinheiro mostram o abandono total, com quantidade enorme de lixo ao redor do casarão. Pena!

Toda cidade carrega em seus ombros o peso do crescimento, muitas vezes,  desordenado. Nova Friburgo não está fora dessa plataforma e não é sem razão que a mobilidade urbana, volta e meia, precisa se adequar diante dos percalços, em especial, no que diz respeito às vagas para estacionamento. Enquanto são discutidos planos e projetos, o jeito é esperar por dias melhores. Uma coisa é certa: temos melhorado, pois, em “Há 50 Anos”, a manchete perguntava: “E as faculdades de Friburgo, quando chegam?”

Manter a cidade limpa é legal, uma casa limpa e arejada também é, da mesma forma, útil e saudável. Agora, imagina manter seu nome limpo? Essa última limpeza  parece ser o sonho de muita gente. Por essa razão, o “Feirão Serasa Limpa Nome” está negociando dívidas pela internet. O gerente do setor, Lucas Lopes, informa que “essa é a oportunidade de as pessoas negociarem suas dívidas com facilidade e segurança”. Já pensou começar 2020 com menos um peso no seu bolso?  Boa sorte e boas resoluções!

Tem sempre alguém de Friburgo! Assim dizia Rodolpho Abbud. E a frase continua valendo, pois o Friburguense é pentacampeão estadual de futmesa. O grupo Silvana Gym/Inec participa do Gym Brasil 2019.  O jovem Pedro Lengruber Lack, conquistou medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Matemática. Beleza pura!

Para deixar o nosso ego mais satisfeito ainda, em “Entrevista”, o delegado da 151ª DP, Henrique Pessoa, declara que “Friburgo tem excelentes índices de segurança”. Contudo, não é bom facilitar. Como dizia vovó: canja de galinha e cautela nunca fazem mal. Em “Massimo”, a máxima de Norbert Weiner é verdadeira: “O progresso impõe não apenas novas possibilidades para o futuro, mas novas restrições”. E nós, assim, vamos ficando cada vez mais restritos também. Feliz semana para todos nós!

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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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