Se competência pagasse imposto, seríamos o maior contribuinte!

O Caderno Z caiu feito uma luva na bagagem do feriadão. No embarque, dois passageiros ilustres – Mão de Luva e Tiradentes. Do primeiro, parece que a lenda é mais emocionante do que a realidade, pois, uma história de amor tem sua vez garantida no gosto do povo. Imaginar que Manuel Henriques recebera um beijo na mão, dado por sua amada e que tal gesto o fizera não mais lavar essa mão, é bem romântico. Melhor do que pensar que ele usava as mãos para contrabandear o nosso ouro.  

Sobre Tiradentes, “Foi traído e não traiu jamais a Inconfidência de Minas Gerais”. Esses versos, na voz de Elis Regina, ensinaram a História do Brasil a muita gente. Contudo, o fato de que o mártir não tinha barba e cabelos grandes devido à sua condição de alferes, pode ser também muito esclarecedor sobre o perfil de outros heróis com a mesma imagem e semelhança. O sociólogo, professor João Bosco, ressalta: - “Todo lugar, todo país tem um mito de origem, um fundador”. Assim, podemos entender que foi graças a Getúlio Vargas que Tiradentes nos rendeu esse feriado tão balsâmico para o povo brasileiro. Isso, sem tirar o mérito do bravo inconfidente.

Boas novas sobre cinema com Leo Arturius – 35 filmes mudos passarão a domínio público, em breve, e poderão ser exibidos sem custo algum. Que beleza! E Leo nos garante – “Estamos em abril e a contagem regressiva para 2019 já começou”. Puxa vida, vamos acelerar. Mas, não sem antes entender as orientações do professor Madeira que disserta sobre “Sustentação”. Observando a complexidade do funcionamento de um automóvel, nos textos de “Sobre Rodas”, me vem uma reflexão – o ser humano é tão inteligente e gasta a inteligência nas guerras.

Nossa nadadora Jhennifer Alves desta vez venceu os 50 metros peito, conquistando o Troféu Brasil. A competição aconteceu no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro. Como bem dizia Rodolpho Abbud, “Tem sempre alguém de Friburgo”! Sucesso para friburguenses é coisa certa. As “Filhas de Bamba”, por exemplo, estão no pódio do samba. As jovens artistas conquistam o público e confessam: “Nós crescemos ouvindo o samba de raiz...”. Eu repito o argumento da coluna passada: O ambiente da infância é decisivo no futuro dos filhos. As irmãs confirmam, “Nosso pai é sambista... crescemos cantando e tocando instrumentos”.

Em “Custo Brasil”, Ana Borges esbanja informação sobre a quantidade de impostos e tributos que pagamos, o que nos leva ao “Quinto dos Infernos”. Tiradentes foi enforcado “ao se rebelar contra as altas taxas cobradas pela coroa portuguesa”. De herança, nós estamos com a corda no pescoço. O impostômetro em São Paulo já atingiu a marca de R$ 735 bilhões e a cada instante os números se alteram. É impressionante!

A Praça Getúlio Vargas ainda vai ter que esperar a prometida reforma. Os trabalhos só deverão começar em outubro. Mas, haverá uma revitalização para os festejos dos 200 anos. Continua em pauta, em Há 50 anos, a aquisição do prédio da Estação da Leopoldina, notícia que destaca o prefeito Amâncio Azevedo como “um governo administrativamente corajoso”. Falando em estação, o Clube do Trem está nos trilhos com grande programação para festejar o Dia do Ferroviário, 30 de abril. Exposição de fotos a partir de hoje, 25, e palestra com Sávio Neves em 4 de maio, são destaques. E tudo acontecendo na Acianf, na Avenida Alberto Braune, 111.

Se houvesse um “trabalhômetro” para medir o quanto o povo friburguense trabalha, certamente, o aparelho ficaria maluco. Às vésperas dos 200 anos, as atividades não param. Preparar a festa já é uma festa. David Massena, que não para, recomenda em Pinçado da internet: “Pra viver melhor, não se preocupe, se ocupe”! Mas será que quem sem ocupa está livre de preocupações? Não será a ocupação a irmã gêmea da preocupação? Mas que pergunta, Elisabeth! Como diz Wanderson Nogueira, “Ter razão é a maior besteira de todos os tempos”. O leitor prefere ter razão ou ser feliz?