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Mães em evidência
Dia das Mães! Eu já desembrulhei o meu presente: uma dúzia de páginas de A VOZ DA SERRA e mais o Caderno Light cheinho de homenagens. O domingo pede um bom cozido português, "prato barato, próprio para essas ocasiões, pois rende a contento”, como explica Chico Figueiredo. "Ser mãe é se pegar amando alguém mais do que a si mesmo” — talvez essa seja a definição mais bonita que já encontrei para o sentido da maternidade. A frase, sabiamente, foi acrescida de uma explicação: "E isso sem peso na consciência”. É verdade! Amar sem restrição, sem medo de amar!
"Elas lutam para manter a calma!” Todas as mães são assim: eternas lutadoras. Das mães dos guerreiros do MMA ao incomensurável número de mães de toda existência, elas são da mesma forma: "Não deixam de fazer suas orações para que seus pequenos saiam do cage sãos, salvos e — de preferência — campeões”. Eu digo isso porque, num sentido figurado, a arte de viver é uma "luta livre”, constante, que a partir dos filhos no mundo, todos se tornam guerreiros. No "cage” do dia a dia, é preciso punhos fortes, pés firmes, joelhos alinhados, para que os lances e alavancas sejam precisos e os "pequenos” de todas as mães saiam sempre vitoriosos em seus embates.
Já que ser avó é ser mãe duas vezes, é impossível não parar na estação 6 do Light e apreciar as vovós do século XXI. Lindas, exuberantes e participativas. Se o Light não tivesse explicado na legenda — "Tania Montechiari (ao centro, de branco) filhos e seus oito netos” —, ficaria difícil encontrar uma vovó no meio de tanta gente jovem e bonita. A foto é memorável e impressiona pela juventude de vovó Tania, que agrega uma família, como se já tivesse vivido um centenário. São vivências e, como diz Silvana Magalhães, em Eu Recomendo, "para o papel de mãe não tem manual” — o que se aprende é fruto da "simplicidade” da educação dos pais.
Sinto deixar o Light, mas percorro o jornal e as mães continuam em evidência. E Liete Ramos é destaque na luta pelo futebol feminino, indo muito além da tradicional copa-cozinha. Ela, que é considerada "a mãe do esporte”, dribla os desafios para marcar os gols na rede dos sonhos da Supercopa. Outra mãe, pra frente, é Ana Cláudia, que dando amor a cinco filhos consegue multiplicar sua agenda para dar conta de tudo o que faz. Entretanto, "inveja” mesmo causou aquela cesta de guloseimas que Fernanda Lannes ganhou. Como se não bastasse, ainda ganhou um mês de assinatura do jornal. Isso, sim, que é festejar o Dia das Mães!
As mulheres seguem marcando pontos e o convite de Deidi Lucia Rocha, em Ponto de Vista, é um chamado para o "exercício da cidadania”. Seu depoimento é instigante e tomara que o povo saia do sofá e lote as sessões da Câmara. No sofá, como bem disse Deidi, "não somos vistos... não existimos”. Então, precisamos existir mais, participando, opinando ao vivo. Afinal, é dever e direito de todos nós!
Muito expressiva, a homenagem aos expedicionários mereceu página inteira e trouxe personagens que viram, de perto, "a cobra fumar”, e hoje deixam aos jovens atiradores a lição de coragem. Parabéns a todos pelo incentivo ao Dia da Vitória.
Vamos ao século passado? Em Há 50 Anos — o tempo das lambretas e da linha circular de ônibus —, "Aí vem o petróleo”. Atualizando o texto de Paulo Santos para 2014, sem ironia, vale registrar: já que temos água, o bastante (até para lavar calçadas), então, Friburgo, agora, precisa mesmo é de petróleo.
Ainda na estação do ontem, Farinha Filho, na importância de sua pessoa, era um homem que amava a música, as batalhas de flores, os piqueniques e os bailes. São curiosidades trazidas pelo jornal e que levam o leitor às viagens de ida e volta — passado e presente — sem sair de casa, no conforto de um sofá, no aconchego de um domingo!
Elizabeth Souza Cruz
Surpresas de Viagem
A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.
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