Colunas
As ‘Forças Amadas’ de Nova Friburgo
Saudações aos viajantes! Peguei o mapa no anseio de começar a "Profissão de fé” e estacionei na dúvida: por onde começar? Nessa complicada saia justa, eu me lembrei da saia plissada do uniforme do Ribeiro de Almeida, quando aportei na segunda série, vinda da Filó, da escolinha de dona Neusa, minha primeira professora. Também entrei em "pânico” como Ana Blue, pois, no tema do Light, uma lembrança puxa outra e uma "legião” de professores vem à mente. Dos mestres adoráveis que tive aos mais recentes, da universidade, uma coisa lamento: não ter sido aluna de dona Laíse Ventura, pois, certamente, ela teria "destorcido” o meu nariz para a matemática. Entretanto, dona Laíse, os tempos mudaram e talvez hoje seja melhor preparar alunos para serem, antes de tudo, professores, porque é uma vocação que não se corrompe diante das mazelas dos interesses pessoais. Refletindo sobre as palavras da mestra Selma Ferro, mais ainda reconhecemos a importância da profissão que, mesmo diante "da pouca valorização financeira do trabalho”, enfrenta os desafios e tem, na ponta do giz, o traço perfeito para fazer do aluno um verdadeiro cidadão.
Em Entrevista, Ana Borges traz questões que todos nós temos na ponta da língua. O deputado Comte Bittencourt avalia os percalços da educação no país. Com 22 anos de experiência de vida pública, sempre "à frente da luta pelo ensino de qualidade”, ninguém melhor para nos guiar no tema. De início, Comte orienta que "não há formas milagrosas” para a transformação dos projetos educacionais, pois tudo depende de um engajamento de "médio e longo prazo”, já que "os governos duram quatro anos, passam”. (Boas reflexões para esse outubro de votos). E como somos devotos de um otimismo desenfreado, vamos esperar que o Brasil conceda ao professor o seu devido grau superlativo, absoluto, de "importantíssimo” na condução do ser humano, pois na sinfonia da vida, tudo tem início e continuidade sob a regência do magistério.
E quem anda se saindo um excelente professor de cinema é Antonio Fernando. Com suas dicas cinematográficas, estamos nos tornando cinéfilos de carteirinha. É a ele que devotamos um "ao mestre com carinho” pelas saudáveis indicações. Mestre é também o doutor Armando Lemos que, no Dia do Médico, revela suas frustrações com a saúde pública local. Nesse particular, está estampada no Editorial a falta de estrutura do hemocentro da cidade, que não pode contar apenas com o voluntariado. Numa outra vivência, na plenitude de suas ações sociais, está a Amma. São 15 anos de atuação, festejados com o lançamento do calendário 2015. Entre os destaques, a elegância de Virginia Arthur Breder, a dona Lea, na realeza dos seus 88 anos.
Em Impressões, daria para fazer uma viagem extra, pois os temas são inusitados. Dos bancos esculturais, das eleições, de Malala da paz, tudo é um agrado às reflexões. A meiga violeta, de preço módico, pagou caro pelo simples N "tascado” em seu nome. Para quem sabe ler, um N basta para violentar uma flor. Aprender a língua portuguesa, isso é o básico, para depois expandirmos com as demais até que estejamos aptos a entender algumas placas de ruas na cidade. "Je suis d´accord”, mas a intenção foi boa na tentativa de ampliar conhecimento. E falando em ruas, a Trajano de Almeida é um recanto mesmo e a ousadia do homenageado é para se tirar o chapéu. Outro fato surpreendente é alguém ser contratado como "encarregado de limpeza urbana” sem que isso traga qualquer ônus para a municipalidade. Que beleza de ação, que ainda reverteu os "ordenados” para obras sociais. Será que é sonho? Ora! Isso foi "Há 50 Anos”, com Paulo Cordeiro. É a história registrada em A VOZ DA SERRA. E agora temos Jorginho Abicalil nos lembrando o "Varre varre vassourinha, varre a bandalheira...” E a varredura não foi eficiente. Só não podemos varrer o passado, como bem nos apresenta o Ponto de Vista. Sem rancores ou revanchismos, "é olhar para a frente” na "construção de um Brasil solidamente democrático”. Isso sim, é juntar as forças amadas de um país!
Elizabeth Souza Cruz
Surpresas de Viagem
A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.
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