Dos games, da biometria ao saudosismo das cédulas

 Cinco de outubro, dia de eleição! Por incrível que pareça, minha preocupação maior não é com o voto, mas, em como embarcar no tema do Caderno Light deste fim de semana. A estação de embarque está convidativa e abre uma janela de conhecimentos. Se Marcio Madeira, nascido em 1978, sentiu-se "velho” diante da "geração Playstation”, imaginem como estou agora, me sentindo matusalém! Longe de comparações com Ana Blue, "eu vivi os carrinhos de rolimã e as pipas”, entretanto, os meus episódios foram os de Nacional Kid. Meu brinquedo mais moderno foi um "Poliopticom”, um jogo de peças ópticas, com opções para formar mais de 40 instrumentos. Ainda guardo essa relíquia, em ótimo estado de conservação. 

Para inaugurar minha intimidade com os games, vou seguir as sugestões de Antonio Fernando e começar com Mario Bros, galgando o tempo até chegar ao mais recente. Talvez, do meu jogo de palavras, eu possa evoluir para os jogos eletrônicos, pois como disse Gabriel Portugal, "em todas as faixas etárias, todos estão aptos a aprender normalmente”. Para isso, preciso ouvir "Ná Ozzetti”, deixando a onda "mutante” me levar. Mas nada de sair muito do meu circuito anos dourados e, para garantir essa estabilidade, no intervalo dos games, um bom prato de mingau de tapioca.

Tem muita coisa acontecendo na cidade. Luhli lançando seu novo álbum em Lumiar, intercâmbio da Juventude Rural, cursos no Senai, Semana Sebrae de Tecnologia e Inovação e o Sesc, que trouxe equipe de ginastas da Dinamarca. Em Esportes, Vinicius Gastin é o artilheiro das boas novas: Edson Barboza vai ser papai; Reginaldo e Cristiane, bons resultados em corridas no estado, e o Campeonato de Olaria segue para a rodada final. Tudo narrado com texto primoroso. Por falar em narração, é aniversário do nosso Bonan nesta terça-feira. Particularmente, estou honrada, pois também sou do dia 7 de outubro. Nada de me engrandecer, mas que fiquei prosa, fiquei!

Em Há 50 Anos, o deputado Amâncio Azevedo denunciava irregularidades sobre a "prática de receber, embolsar e distribuir dinheiro...”. A notícia diz que o deputado prestou valioso serviço ao governador Paulo Torres. E certamente prestou. "Grossa marmelada” era o nome dado às falcatruas. Porém, com o passar do tempo, ficou provado que marmelada engorda. Como ninguém deseja ganhar peso, hoje em dia a marmelada virou corrupção, com direito a ficha suja.  

Que tal um voo pela Rua Augusto Severo? Quem vai ficar radiante com a homenagem é o seu neto, o poeta e trovador Sérgio Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, residente em Natal, no Rio Grande do Norte, a quem já vou enviar o jornal. Ah! Agradeço a publicação do poema de minha autoria, ilustrando poeticamente a bela história do aviador, que é nome de aeroporto e de várias ruas, inclusive, em Paris.   

Em Impressões, muitos significados: "Rosas, rosas, rosas”!  Bardot completando 80 anos e Mafalda, 50. Parece que a "garotinha” levou vantagem sobre a atriz. Pelo menos continua com a aparência dos seis anos. Sobre o escritor Henrique, sempre digo que o autor é "Bon”, mas o livro é ótimo! No Planetário, a janela para o céu é o grande espetáculo que se oferece para uma jornada nas estrelas. Em "Excesso de tudo”, um quadro lamentável, e quanto ao quadro de Tarsila, mais uma vitória da Argentina. 

Parando em Ponto de Vista, nada mais natural do que a implantação do processo eletrônico no TRT. Afinal, a exemplo do processo eleitoral, que antes se desdobrava em filas para votar e em dias de apuração, tudo ficou mais fácil. A rapidez da tecnologia descartou a função dos escrutinadores e a dos fiscais. Em média, quase cinco dias de contagem das cédulas, com a conferência dos votos. No local da apuração, um burburinho incrível: fartos lanches para os apuradores, briguinhas de desafetos, vigilância policial e muito mais. Tudo isso ficou nas urnas da saudade, no século passado. E os avanços não param, pois já tem biometria!