Do Suspiro ao fim da Copa, tudo é recomeço!

domingo, 13 de julho de 2014

Parece que já podemos suspirar mais aliviados com as boas novas da Praça do Suspiro. O Light é o mensageiro dos bons ventos que sopram por lá e, se em duas semanas de funcionamento do Teleférico, dois mil usuários já estrearam a atração, está aplicada uma boa injeção de ânimo no turismo friburguense. Nada mais romântico do que contemplar o Suspiro cheio de vida, alegre, colorido pela presença das famílias, dos visitantes e das crianças. Depois que reconstruírem a Fonte, recuperarem a Praça das Colônias, o Anfiteatro e a Praça dos Trovadores, aí, sim, nós vamos invocar Benito de Paula e cantar: Tudo está no seu lugar, graças a Deus... Graças a Deus! 

Da Capela Santo Antônio refeita às perspectivas de um Suspiro novo, o desafio poderá ser para os acrófobos que têm medo de altura. (Estou nessa categoria!) Entretanto, Ana Blue já deu bons conselhos de que vale a pena subir "de olhos bem abertos e às gargalhadas”, "balançando as perninhas”, para aproveitar a vista maravilhosa. O segredo "blue” é esse mesmo: "Apreciar o milagre que é a vida”! Para complementar o espetáculo, é só tirar "Transa” da prateleira dos idos de 1972, preparar um caldinho de feijão mulatinho e escolher, no fecho do caderno Light, o estilo bandeira do Brasil que mais convém ao nosso sonho frustrado do Hexa. E o caderno tem razão de fazer a página e tão linda, porque, afinal, independentemente da derrota da seleção, o Brasil saiu vencedor, promovendo uma Copa do Mundo fenomenal!

Em se tratando de futebol, o fim é sempre assim: alegria para uns, decepção para outros! Mas nada de tristeza eterna, porque se na poesia de Moisés Amélio está profetizado: "Não vês que o sofrimento é a magna estrada do céu e que o gozar na Terra é crime?” — ele mesmo nos consola: "Bendiz a cruz nesta explosão suprema na grande dor universal dos mundos!”. Eu bendigo a coluna Ruas de Nova Friburgo, que nos traz tanto conhecimento! Além de ter sido "um dínamo” impulsionador do progresso, Moisés Amélio era, sim, um sonetista de mão cheia e conhecedor de métrica em versos decassílabos. Entretanto, pela apreciável foto que ilustra a matéria, foi uma pena a demolição da casa onde morou esse ilustre conselheiro e conciliador. Por que derrubar um patrimônio que poderia somar pontos ao romantismo friburguense?

O mesmo "porquê” foi motivo de realce em Há 50 Anos: "Por que acabar com a estrada de ferro Friburgo-Portela-Porto Novo?” Muitas curiosidades em defesa da ferrovia, que, entre outras importâncias, transportava três mil quilos de flores e 90 latões de leite, diariamente. Curioso também é que Friburgo possuía 75 mil habitantes, dos quais 15 mil eram operários. Não é à toa que as crianças de 1964 eram tão ordeiras, tinham hora para brincar (e brincavam mesmo), mas cumpriam suas tarefas de escola sem qualquer amolação para os seus pais. 

Os tempos mudaram e agora são outros quinhentos. Aliás, em Sobretudo, são outros R$ 420, porque os australianos inventaram a "pochete anticompras”. O equipamento é tão eficiente que afasta o consumidor até do perigo de comprar indevidamente. Falando em compras, em Ponto de Vista festejamos os 20 anos do Plano Real. O economista André Ventura Fernandes, tão jovem quanto o Real, avalia amplamente os acertos do plano, inclusive com as melhorias para o equilíbrio da renda familiar. Porém, há muito mais a ser alcançado e, pelas análises do especialista, muitos desafios ainda para o próximo governo. 

A Voz da Serra na Copa, com cinco estrelas, fez pesquisa de rua e em todos os depoimentos, a torcida era para a Alemanha. Bem se vê que a "birra” entre Brasil e Argentina é tanta que nem depois do  7 a 1, o brasileiro se rende aos apelos da seleção vizinha. Mas... não é que deu Alemanha mesmo! Viva! O Brasil também venceu, pois fez bonito com a beleza da "Copa das Copas”. Avante! Rússia 2018!

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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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