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Do sono ideal ao despertar feliz, viva nossa alma cientista!
Saudações aos viajantes! Bem se vê que a vida é um eterno aprendizado. Bastou abrir o Caderno Light para uma preciosa aula de "Dormir bem”. Parece uma coisa simples: desligar os motores, fechar os olhos, dormir e acordar, numa sucessão de sonos, na passagem do tempo. Mas não é bem assim. Dormir requer um ritual. "Vida bem vivida, sem dor, sem estresse” é o que sugere o professor Igor Fonseca. E mais: — "Descubra o ser que habita em você” — Pelo visto, esta é primeira estação da viagem para dentro de si mesmo. "Deixe tudo lá fora, viva o presente, esqueça o passado e não pense no futuro”. Conselho melhor não existe e se colarmos esta edição na cabeceira da cama, pela disciplina observada, amanheceremos pessoas melhores, certamente.
Essa mania de falar "bati na cama e dormi direto” deve ser substituída pelo "período sagrado”, que leva ao sono reparador, de forma natural. Desde as indicações de como deve ser o quarto, o colchão, o travesseiro, as dicas do especialista contribuem, inclusive, para se viver melhor. Temperatura ambiente, agradável, alimentação leve, posição corporal adequada e todo um processo de relaxamento auxiliam na passagem da agitação ao sossego. No mais, por nossa conta, podemos acrescentar uma canção suave, quem sabe, "uma violinista no telhado” ou aqueles lençóis "branquíssimos, com cheiro maravilhoso de sabão”, do tipo "First Class”. Não é luxo, creiam. São as facilidades da vida moderna para a conquista do "sono ideal”. Por conta própria também, anexar um bom filme (fora do quarto) na indicação de nosso Antonio, conselheiro, sempre cinco estrelas. Ou as adaptações literárias para o cinema, que George Pacheco apresenta. Para lavar a alma, um suco de maracujá, receita de Chico Figueiredo e... bonsoir!
Desejando bom sono aos produtores do Light, deixo o caderno para enveredar pela "Rota Cervejeira” e conhecer esse atrativo turístico que há de fazer sucesso e trazer turistas para a nossa região. Entre o passeio "profano” e o sagrado, já estou na Praça Monsenhor Mielli, "um visionário pela educação e assistência social”. Para quem teve uma curta existência terrena, seus feitos foram intensos e significativos para a cidade. Em Impressões, Kodomoroid, "quase humano”, é capaz de trabalhar 24 horas diárias, falar 124 idiomas e ocupar apenas um espaço de 65 cm de altura. A notícia parece uma grande ameaça à espécie humana. Talvez seja este o "pomo da discórdia” no futuro — a disputa humana com a máquina. Entretanto, lembrando Asimov, pelas Leis da Robótica não seria a empreitada tão assustadora, pela boa formação dos robôs.
Notícia mais do que especial é o lançamento do livro de Maurício Siaines, com três datas, facilitando a presença do público. Em Há 50 Anos, em 21 de novembro de 1964, seria inaugurada a placa da Rua Dante Laginestra, com presenças asseguradas de Amaral Peixoto, Alzira Vargas e "numerosa comitiva de deputados federais e estaduais”. No ir e vir das páginas, assuntos de grande relevância. Jorginho Abicalil homenageia Madre Cosmelli. A campanha Estrela Yan é o exemplo de que o sofrimento não pode ser em vão. Vamos ajudar os pais de Yan a lotarem o caminhão de donativos! No Editorial, mais alertas sobre o descaso com as questões ambientais: "Cadê a fiscalização?” —A pergunta não pode ficar no ar, mas que venha a resposta em forma de ação consciente, porque "a responsabilidade é de todos”!
Na estação final, quando bati os olhos em Ponto de Vista, pensei: eu conheço essa menina! É a Capitu, do Teatro Amador do ESI! A surpresa foi tanta que viajei pelo "Mundo Azul”, em "Dias de Primavera” e bateu muita saudade dos meus bons tempos de Externato Santa Ignez. Então percebi que, assim como a ciência, Maria Eduarda primeiro aprendeu a caminhar e agora partilha conhecimentos com o mundo. Com sua sensibilidade, ela se arrisca a dizer que todos temos "alma de cientista”. No auge da juventude e com muita propriedade, ela nos transmitiu a certeza de que não faltarão "tijolos” para a construção de muitas fortalezas. A esperança existe!
Elizabeth Souza Cruz
Surpresas de Viagem
A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.
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