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Do Rio Bengalas ao consumidor, A Voz da Serra defende os nossos direitos!
“Sob o olhar do Cruzeiro do Sul” lá vem o Bengalas deslizando no tema do Caderno Z. Na matéria da equipe de reportagem temos uma pesquisa de campo perfeita. O Bengalas e a nossa vida se assemelham. Antonia Furtado observa – “O rio passou por muitas mudanças ao longo dos anos...”. (Somos assim também). Maria Moreira satirizou – “Tem tantos pneus dentro do rio que dá para fazer uma borracharia...”. Acompanho a sátira - com o tempo, ganhamos uns pneuzinhos indesejáveis. Contudo, Luiza Monnerat acertou em cheio – “O Bengalas é uma pintura pronta para ser emoldurada...”. As avenidas Comte Bittencourt e Galdino do Valle estão belíssimas. A paisagem é um cartão-postal ímpar. “É uma obra de arte que merece mais atenção...”.
“Nos bastidores de uma aventura rio abaixo”, passar por Banquete e “comer poeira” pode ter sido a refeição mais saborosa que alimentou o percurso do trio desbravador que, entre os equipamentos sofisticados, levou também caderno e caneta. Henrique Pinheiro ganhou o dia e fotografou o Martim-pescador-verde, por um fio. A historiadora Janaina Botelho tocou num ponto que me tocou, pois, na minha infância, o Bengalas tinha sempre um colorido artificial decorrente das cores usadas pelas indústrias para tingir tecidos. Em “Impressões”, Bertolt Brecht faz pensar, pois, ao julgarmos um rio como “turbulento”, esquecemos da violência das margens que o aprisiona. Não somos assim, também, aprisionados pelas margens da razão? Falando em águas, na modernidade líquida de Zygmumt Bauman, ficamos vulneráveis ante a diluição de valores. Ricardo Lengruber tratou o assunto de modo brilhante. Parabéns!
Deixar o “Z” é um verdadeiro martírio. Assim, vamos sair de fininho, em “Sobre Rodas”, num veículo compartilhado, indicação do professor Madeira. Dos sonhos de Anísio Teixeira sobre a municipalização das escolas aos debates atuais, o tema continua complexo. O secretário de Educação, professor Renato Satyro, explica a falta de estrutura para o município cumprir as demandas que o projeto requer para englobar as turmas de 6º ao 9º ano do fundamental e ressalta – “Hoje a nossa principal preocupação é universalizar creche e pré-escola”. Devagar se vai ao longe!
Outro debate antigo é a padronização das calçadas no centro da cidade. Como está em vigor uma lei que determina a responsabilidade de manutenção aos donos de lojas ou síndicos de prédios, pode ser que, desta vez, tenhamos sucesso na empreitada. Mas, coisa alguma é mais preocupante do que a passagem de um furacão. As duas friburguenses que moram nos Estados Unidos deram depoimentos ao jornal e podemos sentir, mais de perto, o drama das pessoas em estado de alerta e de insegurança total.
Massimo recomenda nesta terça, 12, no Clube dos Amigos do Jazz, na Cantina Camping, no Cascatinha, às 19h30, a palestra com Vera Guimarães no tema “Frank Sinatra – um homem e sua música + Ella + Jobim”. Que belo programa! Em “Há 50 Anos”, o deputado Edgar de Almeida proferirá palavras que valem ouro – “Os imigrantes trouxeram, além de sua capacidade artesanal e profissional, um contributo valioso na formação cultural da nossa gente, enriquecendo nossas tradições”. Palavras muito atuais que se encaixam direitinho na história de Nova Friburgo.
O Editorial chama atenção para a importância da agricultura, louvando, em especial, o trabalho do agricultor – “Os produtores rurais são grandes heróis e merecem o reconhecimento de toda a sociedade”. Merecem mesmo e o título de “heróis” cabe muito para quem dá o melhor de seu trabalho, para o melhor em nossas mesas.
O Código de Defesa do Consumidor completa 27 anos. Na flor da mocidade, o órgão tem tirado as pedras dos sapatos de muita gente. A reportagem, que também apresenta dados sobre o Procon, merece ir para a moldura, para alertar o consumidor desenfreado. Mas, se alguém comprar e não gostar, o Código tem até “Direito de Arrependimento”. É bom saber – Ninguém precisa sair no prejuízo. Fiquemos atentos!
Elizabeth Souza Cruz
Surpresas de Viagem
A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.
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