Do renascimento ao encontro de si, a Páscoa pode ser todo dia!

segunda-feira, 28 de março de 2016

O Caderno Light, a plataforma de embarque de todos os finais de semana, nos convida a um passeio pela espiritualidade. “Renascimento” – este é o tema a nos conduzir pelos meandros da Semana Santa que, mais do que “trocar a carne pelo peixe”, requer reflexões profundas sobre a crença de cada um. Lembro-me que na casa da minha infância, era a sexta-feira santa dedicada ao silêncio. Ouvia-se a Rádio Ministério da Educação, em volume baixo e o dia passava em meio ao recolhimento. Não se varria a casa e somente a louça era lavada, após o almoço. Canjica branca no fogão de lenha e, quando muito, o barulhinho permitido era o da lenha queimando.

Os tempos mudaram e por conta da avalanche de religiões, ou da falta delas, os indivíduos adotaram condutas variadas e até fazem do “feriadão” um bom motivo para outros festejos. Em “Impressões”, um belo apanhado de algumas religiões sobre Jesus. Cada uma, do seu modo, interpreta Jesus dentro da divindade que lhe cabe como “O Messias”. O Movimento Raeliano vai além do mistério divino para uma “avançada tecnologia extraterrestre”.

De qualquer forma, Jesus Cristo, como personagem histórico ou religioso, marcou sua passagem terrena. Sua mensagem, pura e simplesmente, sem as alegorias dogmáticas, seria suficiente para direcionar os povos. Bacalhau, peixes e coelhinho da páscoa são alguns dos subterfúgios que exteriorizam a magia do “renascimento” que deveria acontecer no âmago do individuo, coisa que, muitas vezes, passa apenas pela superfície da matéria.

A Prefeitura institui o 31 de março (próxima quinta-feira) como o “Dia D de Combate ao mosquito Aedes aegypti”. É inconcebível que ainda haja descaso de algumas pessoas no que se refere aos cuidados com água parada. Sobre a “cesta básica”, o melhor é gastar sola de sapatos e pechinchar nas promoções.  Em “Há 50 Anos”, é interessante um registro sobre a “fidalguia no trato da plêiade de dirigentes do poder...” – isso em referência a uma visita do jornal aos gabinetes da presidência e da primeira secretaria da Assembleia Legislativa. Pelo visto, a gentileza (como hoje)  era um fator de realce e não uma regra!

Antigamente, quando se queria dizer que uma obra demorava era só falar - “É obra de igreja”. Agora, vamos mudar o dito popular para - É obra de calçada do correio! Gerir o bom andamento das coisas na cidade é tarefa árdua mesmo. É como disse o técnico do Friburguense, sobre a atuação da equipe – “Colocar o trem no trilho é pesado, e não podemos deixá-lo descarrilar”. Comparando a vida com um “trem doido”, tudo requer andar nos trilhos!

E quem parece estar fora dos trilhos é o coelhinho da páscoa. Conforme observou Massimo, em “Falta de Vergonha”, tem coelho vendendo ovo com peso baixo e preço alto. O melhor, minha gente, é deixar a guloseima para a semana pós Páscoa, quando os ovos tendem a ser vendidos em doces liquidações.

Muito útil a reportagem de Ivan Correia sobre o levantamento do papel fiscalizador no que tange aos “requerimentos de informações” sobre o Executivo. A exposição do quadro de requerimentos dos vereadores nos dá uma visão de o quanto o Legislativo está atuante. Vale reler a página e guardar para aprofundar os conhecimentos.

Já em âmbito nacional, a política está muito confusa e carece de base governamental sólida e transparente. O “Editorial” reflete muito bem a inconsistência do governo, na falta de líderes políticos  que estejam credenciados para uma canalização das mudanças pedidas pelos manifestantes. O Brasil precisa de “um golpe de bom senso...” – disse mais e muito bem!

O gostoso de viajar em feriado de sexta-feira é o fato de nos encontramos com Beth do Licínio que, além de nos trazer notícias da sociedade, faz o anúncio dos aniversariantes. Bonito é observar os adjetivos carinhosos que ela dedica a cada um, o que revela a doçura de sua alma. 

A Folha A4 se estreita e encerramos a viagem com Wanderson Nogueira – “Entre achados e perdidos é que a gente se encontra.” – Isso é poético, filosófico e verdadeiro!

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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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