Do contrato de trabalho às Cartas a Deus, tudo é muito pessoal...

terça-feira, 05 de maio de 2015

É incrível como o Light não só nos leva ao futuro, mas nos faz girar num carrossel de lembranças. “Era assim...” Era mesmo e sem aprofundar no túnel do tempo, em minha infância tinha leiteiro, de porta em porta, com aqueles latões, vendendo leite, tão puro, que dava para fazer manteiga com a nata. Também tinha sapateiro e o “seu” Marotti fez meu primeiro sapato. Era chic! O jornal está lindo e,  seguindo o roteiro, bastava o poema de Vinicius — Operário em construção — para enfatizar o Dia do Trabalho. Mas o caderno foi além, buscar o mundo novo. Assim, conhecemos Poliana Carvalho, “professional organizer”,  que nos apresenta a uma profissão que parece um sonho e, depois dessa página 5, a vida de muita gente vai mudar. 

Com Fred Vanelli, mais uma avalanche de modernismo. Entretanto, ele lembra dos “orelhões”, hoje quase extintos. Esses equipamentos já foram o máximo em avanços da telefonia e ter fichas no bolso era como ter um “aplicativo” e tanto. Ser um “desenvolvedor” pode encher os olhos de quem lê a entrevista, mas como tudo na vida, Fred alerta: “Se quiser crescer, vai ter que estudar muito por conta própria”. Em Profissões do futuro, o “admirável mundo novo” está cheio de opções para novas habilidades. Imaginem: Gestão de Negócios em Surf, com um escritório na praia. Ou quem sabe uma graduação para ser DJ profissional. Do jeito que produzimos lixo, que tal ser um gestor de resíduos, transformando-se em Lixólogo? 

Com tanta coisa surgindo, Ana Blue vem falar que é do “tempo de se fazer enxoval” — como se ela fosse muito antiga! Os enxovais ainda estão na moda. E tudo por conta do glamour das facilidades no mercado dos sonhos. Na crise financeira, chegamos ao ponto de querer o máximo para ver se ganhamos o mínimo.  Trabalhador e patrão dificilmente compartilham os mesmos anseios, assim as greves jamais serão descartadas. Em Cinema, uma seleção de filmes sobre a classe trabalhista. Contudo, uma coisa é certa: “sucesso só vem antes de trabalho no dicionário”!

“A Praça das Colônias será reformada”. Mil vivas para as colônias que deram tanto de suas culturas para a formação de nossa cidade. A Fevest já tem data marcada no mês de agosto e, para vencer a crise econômica, a saída é exportação. Em Observatório, a ordem é “se reinventar” e “mais do que se adaptar — reinventar a si mesmo...”. Invenção é o que não falta ao artista Felga de Moraes e mal podemos esperar o dia 30 de junho para a inauguração do “Cisne Branco” no Sanatório Naval. Em Há 50 Anos, a TV-Rio era alvo de críticas por conta do péssimo serviço de repetidora na cidade. 

Agora que já peguei certa intimidade com Jorginho Abicalil, sinto-me à vontade para enviar abraços e dizer-lhe que o glamour da croniqueta é mexer com os sentimentos do leitor. Em se tratando de trabalho de escritor, muitas vezes, nem mesmo a enxada tem o peso da caneta.  Em Radar, destaque para a “selvageria da Polícia Militar do Paraná contra os professores da rede pública” e fica uma adaptação do dito popular: “em professor não se bate nem com uma flor”!

Enquanto aguardamos a revitalização da Praça Getúlio Vargas, na doce companhia do Cão Sentado, vamos sonhar com a Avenida Alberto Braune, que receberá um tratamento cinco estrelas, com visual agradável e limpo. A bela foto da avenida é um convite ao encantamento por Nova Friburgo. Um verdadeiro cartão-postal. Sob o azul do céu, reside a nossa responsabilidade de ajudar na preservação e na melhoria da qualidade de vida. Fosse esse cuidado nato, não teríamos necessidade de tantas medidas para a educação ambiental. Muito menos estaríamos sujeitos a multas ou enquadramentos em termos de ajustes de conduta. O cuidado seria natural, por livre e espontânea consciência. Não seria necessário escrever “Cartas a Deus” perguntando a razão das tragédias, dos infortúnios. Ou melhor, escreveríamos, sim, para contar que vai tudo azul no Planeta Blue!

TAGS:
Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.