Colunas
De princesas sem reinado, toda mãe é uma rainha
Com a sensibilidade de A VOZ DA SERRA, era de se esperar que o Caderno Light homenageasse o segundo domingo de maio de uma forma pra lá de especial. Concordo com Ana Blue, pois é impossível ser impessoal quando se trata do Dia das Mães. Assim, estou a me lembrar de mamãe, operária da Fábrica de Filó, que, depois da dura jornada, encontrava tempo para costurar, ouvindo seus clássicos favoritos. O tempo lhe era tão precioso que lia bons livros, chegando até a estudar Astronomia. Toda mãe é especial e é por isso que a maternidade e os modos de o bebê vir ao mundo são processos naturais. Com tantas informações animadoras e confiantes, o parto normal deveria ser o normal, como enfatiza a doutora Ligia Sena: “Mulheres trazem filhos ao mundo. Profissionais apenas as auxiliam”.
Sobre o “parto real”, tenho visto muitas “princesas” em Nova Friburgo. Essa semana, por exemplo, me deparei com uma jovem, de bolsa a tiracolo, celular em punho e um bebezinho, tão miudinho, que não resisti e puxei conversa. A moça, muito graciosa, contou: “Gabriel tem cinco dias de nascido”. Eu fiz outros comentários, ao que ela acrescentou: “Meu bebê nasceu de parto normal e, quando eu tive alta, fui pra casa a pé!”. Longe de ser uma Kate Middleton, a jovem reinava absoluta, pois como diz o compositor Roberto Ribeiro, “todo menino é um rei”. Em Entrevista, a maternidade depois dos 40 é o tema dos depoimentos de Maritza Bezerra e Aline Braga. Com experiências peculiares, uma coisa entre elas é fundamental: mãe é igual em todas as circunstâncias e amam com a mesma intensidade. Drummond, abrindo a página 6, disse tudo: “Mãe não tem limite, é tempo sem hora, luz que não apaga...”.
Ter ou não ter filhos, eis a questão que Letícia e Dayane já definiram em suas pretensões. Ambas já decidiram que não querem ter experiências com a maternidade. Chega a ser bonita essa determinação; entretanto, como diz o ditado: o futuro a Deus pertence. Diante da proposta de “humanização do parto” é que vemos o quanto o ato de vir ao mundo tem sido violado. Chegar ao ponto de humanizar algo tão natural indica que a interferência humana está na contramão da natureza.
Em Cinema, Al Pacino é um exemplo de que idade não é documento. Em Gastronomia, Chico voltou mais forte, mais experiente e com dicas saborosas. Em Há 50 Anos, “um dia de carinho para quem dá carinho o ano inteiro”, felicitando as mães e um “Até que enfim” para a trovadora Nydia Yaggi, que conseguira vencer o concurso dos Jogos Florais. Em Sociais, só “bacanas” aniversariando.
O projeto “Mais Leitura” vem festejar os 197 anos de Nova Friburgo, trazendo cerca de 700 títulos, distribuídos no estande com capacidade para mais de dez mil livros. É hora de dizer ao povo: Vem pra Praça Dermeval! Vem correndo! Há de ser mesmo uma festa de oportunidades e um presente e tanto para a cidade. Se o otimismo foi a “palavra de ordem” no lançamento da Fevest, podemos, então, esperar um evento sensacional, pois energia positiva é a grande ferramenta para quem lida com desafios. Alô, Jorginho Abicalil! Joaquim Faria é parente da minha família Bravo.
A medida que proíbe o desembarque de passageiros de ônibus intermunicipais no Centro é a confirmação de que “a corda sempre arrebenta pelo lado mais fraco”. É uma pena que a cidade não possa ser aquela mãe, gentilmente acolhedora das vizinhanças. Em compensação, para os usuários de bicicletas, boa notícia com o projeto do vereador Gustavo Barroso, que resultou na Lei Municipal nº 4380. A legislação determinou prazo para a construção de bicicletários nas empresas. Enquanto isso, “Que educação é esta?” – pergunta o Editorial, com referências ao sonho de uma “Pátria Educadora”. Em Impressões, já que a esperança está entre as sete palavras mais bonitas da língua portuguesa, vamos mantê-la viçosa, não apenas na condição de palavra, mas, principalmente, transformando-a em uma constante ação para um mundo melhor.
Elizabeth Souza Cruz
Surpresas de Viagem
A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
Deixe o seu comentário