Colunas
De Beyoncé a La Cumparsita, que viagem!
Nada como pegar o Caderno Light e viajar no colorido de uma bela capa e bem "Da Cor da Rua” para abrir o Festival Sesc de Inverno. A programação está de dar água na boca! A diversidade dos espetáculos é um convite para agendar o tempo e curtir as atrações. Nada de ficar de fora das oportunidades de participar de eventos de primeira grandeza, de se esquentar no "Baile do Almeidinha” ou de se deslumbrar na "Dança da Solidão”, com Paulinho da Viola, entre outras maravilhas.
É final de julho e festejamos o Dia dos Avós. Ah! Estou com Ana Blue: também tenho maus costumes provenientes dos denguinhos de vovó Mariana. Bife na chapa do fogão de lenha, bolo na forma de coração, com recheio de goiabada e cobertura de suspiro com raspinhas limão e pronto: a festa de aniversário estava feita. Da galinha ensopada, aos domingos, vovó dizia: "As coxas são para as crianças!”. E a gente comia até sair pelos olhos! Vovó Mariana era daquelas de descascar laranja campista para a criançada da rua, de bolinhos de chuva, de "bons bocados” de carinho.
Entretanto, os avós evoluíram muito. Os meus, foi tanta a evolução, que passaram para o outro lado, que muitos chamam de "plano superior”. Entretanto, os que estão aqui, no plano terrestre, se modernizaram, estão informatizados, online, engarrafados no trânsito, endividados em cartões de crédito, tentando a sorte em loterias ou, na melhor das hipóteses, embarcando em cruzeiros pelo mundo afora.
Tudo é aprazível na leitura e, vejam: Rondinelli e Lurryelen "Ca(u)saram”! Acompanhei em AVS o sonho dos pombinhos e nos avanços que uma cerimônia de casamento permite, o enlace se deu no último dia 11. Da Marcha Nupcial de Mendelssohn ao som de Beyoncé, o evento, apesar do inverno, foi o "sonho de uma noite de verão”. Eu peço licença ao casal e sugiro para AVS uma reportagem sobre as novidades do setor matrimonial, para 11 de julho de 2064 (Save the date) quando o casal completará Bodas de Ouro. O que haverá de impactante para que eles, Rondi e Lurry, venham a dizer: "no nosso tempo o casamento era mais simples!”?
Dá gosto ler o jornal e o "Agosto Suíço” vai além das guloseimas e penetra o espírito, reafirmando os primórdios da colonização friburguense. Lindo é o sucesso da Banda do Odette Penna Muniz em Queimados/ES. Em Rememorando, além do arvoredo na praça e o trem, uma rural willys se sobressai. Era o carro da onda e, quanto mais sujo de lama, mais status para o dono! Falando em carros, em 1908 vencia-se uma corrida automobilística atingindo a velocidade de 50km/h. Bem que vovó Mariana, nascida em 1903, aprendeu a dizer: devagar se vai ao longe! E a extinção da via férrea continua em cena em Há 50 Anos. Até Rubem Braga escreveu crônica sobre o fato. No sexto parágrafo da coluna, AVS falou bonito, como se diz no Ceará — "falou na lata!” (vale a pena ler de novo!). Abordaram também "a falta de limpeza em Duas Pedras”. É incrível como o tempo passa e as reclamações continuam.
E os fungos da Biblioteca Municipal? Se a "produção de leitores” está em baixa, com esse ataque fungicida a situação se agrava ainda mais. Talvez os pais possam ajudar na formação de leitores incluindo livros entre os presentes de Natal, de Páscoa, de aniversário, de férias e por que não para eles mesmos, no Dia dos Pais e das Mães?
Excelente Ponto de Vista assinado pelo médico André Justino. Parece até sonho, mas pelo visto é uma realidade engatinhando para um futuro promissor na área da saúde. Se a Medicina tenta evoluir nesse sistema, ao contrário, no passado, o "Médico de família” era uma prática natural. Basta ler a coluna Ruas de Nova Friburgo e se deliciar com a história do doutor Waldir Costa, que além de "rei do bisturi”, era um exímio pianista e atuante deputado estadual. Nascido em 1914, a homenagem é mais do que oportuna. Mil vivas, então, para o Centenário do médico pianista que sabia tocar "La Cumparsita”!
Elizabeth Souza Cruz
Surpresas de Viagem
A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
Deixe o seu comentário