Das lingeries às esperanças, ‘somos maiores!’

domingo, 03 de agosto de 2014

Começa o mês de agosto e o Caderno Light é uma surpresa e tanto! É a Fevest mostrando Friburgo ao mundo de uma forma ousada e bonita. As tendências avançadas dos negócios empresariais aliadas à beleza e à inovação do setor de moda íntima exibem uma cidade promissora, com muita vocação para o sucesso. 

"Lingeries plus size”! Finalmente rompemos a barreira dos quilinhos a mais.  Antigamente, dizia-se com muita ênfase: "Fulana engordou e está bonita mesmo!” Depois, a magreza tomou conta das passarelas e virou uma espécie de obrigação se desembaraçar das gordurinhas. Inventaram uma padronização da mulher que além do manequim 38 já era um caso de malhação na academia. Aí, passou a ser uma ofensa dizer: "Você engordou um pouquinho, não é?”. Esse "elogio” bastava para arrasar com a autoestima da mulher. O fato é que "as cheinhas” têm o espaço garantido na apreciação do quesito beleza natural. Acredito que a partir desta edição do Light, com a bela modelo "plus size” esnobando seu charme, já deve ter muita mulher quebrando dietas. Vamos lá, "rechonchudinhas”! É tempo de tirar o peso dos ombros e escolher um modelito sensual e transparente. O Sol nasceu para todas... a lingerie também!

Na carona de Ana Blue — "somos maiores!” Vamos, então, alimentar a alma com "o açúcar” de Gullar e, analogamente, pensar de onde vem tanta inspiração para compor a beleza das lingeries, de onde vem cada ponto, cada fita, cada laço. Vamos festejar esses artistas do corte, da costura, da embalagem, dos caprichos, para que as peças ultrapassem as fronteiras das "manhãs de Ipanema”!  

Friburgo "pegou seu lugar no futuro”! A cultura acontece! "Bom gosto em agosto”! Assim, vamos "caçar estrelas” no próximo dia 9, no Planetário! A programação é astronômica e os ideais do Clube de Astronomia de Nova Friburgo têm a intensidade do brilho estelar. Dr. Diniz palestrando é coisa dos deuses celestiais.

E a Rua José Namen! Foi uma grande obra abrir aquela passagem, que se tornou um local aprazível para caminhar também. Em minha casa de infância sempre se falou bastante no Armazém do "Seu Namen”. Belas recordações que se ampliam com a leitura do presente-passado. O jornal tem a magia de ir e vir no tempo e, quando chegamos a "Há 50 Anos”, dá vontade de estacionar e desvendar, a fundo, o que se viveu em 1964. A ferrovia continua em pauta e os apelos para a sua não extinção foram os mais taxativos, com exemplos até de cidades do exterior que mantiveram os trens ativos em meio ao progresso das rodovias. Vamos observar o desenrolar da história na próxima edição. Enquanto isso, os "fantasmas” rondavam as repartições públicas. Vixe! Mas o passado tem seu valor e apreciar a foto da Rua Sete, em Rememorando, me traz saudades de Rodolpho Abbud, que se orgulhava de ter sido criado nesta rua de sonhos e de tantos significados. 

Tanto ainda para viajar e olho a folha A4 se expirando. Nem comentei o Ponto de Vista ainda, mas já vi que a simpática fisioterapeuta, doutora Maria Lina, fala de um modo fácil e esclarecedor sobre pilates. Seu depoimento chega a ser familiar, falando de sua própria experiência com as dores. Eu não sei a razão, mas todo o relato da doutora me fez lembrar de uma canção de autoria de Hyldon, "As dores do mundo”. 

É verdade. As dores do mundo tocam a nossa sensibilidade. Basta ler os depoimentos de Heberson Lamblet sobre o acidente que tirou a vida do canoísta Alexandre Mattos Faria. "Fatalidade” — é assim que Lamblet se expressa para definir o que não tem explicação. "Quinze anos de canoagem, cautela, melhores equipamentos, técnicas, amor à natureza, respeito às regras de segurança...” O destino apronta armadilhas para o céu ganhar seus anjos. Na incapacidade de saber o que há depois da existência, somos presas fáceis de um questionamento infindo. A vida é uma viagem e, às vezes, muito breve.

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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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