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Da primavera ao trem turístico, A VOZ DA SERRA vivencia os nossos sonhos!
“É Primavera e a natureza explode em cores e aromas”! O caderno Z esbanja colorido e o perfume das flores se ainda não é sentido no papel impresso, é de fácil imaginação ante a beleza das fotos. Ana Borges não fez por menos e investiu na inspiração poética para nos traduzir “a paleta colorida que se esparrama pelos cantos e recantos...”. Nosso município é o segundo maior produtor de flores do país e essa colocação aumenta a nossa responsabilidade de cuidar para não só produzir, mas, acima de tudo, para manter a cidade florida o ano inteiro.
Encantamento puro é a descrição que Ana Borges apresenta sobre “um pequeno bosque no coração da cidade”. Que passeio incrível nas linhas do texto, onde conhecemos a extensão do trabalho da loja Nelson Flores. Parabéns! “Um país tropical, bonito por natureza”... É aqui que plantamos nossas esperanças, acreditando na melhoria de vida para todos. Contudo, desfrutar de toda essa riqueza natural requer comprometimento. A atuação responsável tem se destacado muito na agricultura orgânica e quem não quer uma alimentação isenta de produtos químicos? Com Ricardo Lengruber aperfeiçoamos o entendimento sobre ética, na certeza de que “a palavra que constrói é a mesma que destrói”.
Já que “entre falar e fazer há um abismo imenso”, sejamos coerentes em nossa pregação diária. Desafios não faltam na existência e tudo demanda tempo. Por isso mesmo, em “Sobre rodas”, o professor Madeira explica que o automóvel elétrico ainda “pode levar tempo” até se “concretizar”. “É preciso unir todas as pontas de maneira satisfatória...”. Isso não é poético, minha gente?
Falando em carro, o aumento da frota de veículos em Nova Friburgo é de espantar. “Apenas de janeiro a agosto deste ano” há registros de que o crescimento chegou a 1.012 veículos, entre carros e motos. Não há como não congestionar o trânsito, já que os espaços de circulação são quase os mesmos, sem perspectivas de melhoria. Se está difícil para a mobilidade urbana, imaginem quando se trata de acessibilidade. A observação feita pelo jornalista Antonio Fernando de que “Friburgo não é lugar para deficiente físico” dói na alma da gente. “Uma cidade só é civilizada quando o cadeirante e pessoas com deficiência podem ir e vir sem dificuldades”. O recado está dado no mais claro português. Agora só falta a sensibilidade para as providências.
Acompanhando Nelson Kemp nas “Facetas de Nilo Peçanha”, em “Há 50 anos”, dá gosto conhecer a personalidade marcante desse patriota que “desbravou o terreno em que se chafurdavam os políticos envolvidos na trama da mais sórdida reação aos anseios das multidões insatisfeitas”. Atualmente, com tanta gente chafurdando na política, vamos trazer Nilo lá das profundezas? Pode ser que dê jeito no país.
As queimadas continuam queimando as esperanças da preservação ambiental. A vegetação devastada parece pedir socorro. Lutar pela sobrevivência é a grande batalha existencial. O ser humano também vive a mercê de sua própria devastação e o mês nove foi escolhido para ser o “Setembro amarelo”, justamente, para campanhas em prol da preservação da vida. Pela energia boa da cor amarela, dizer sim à vida é o desafio para se sobrepor às vicissitudes. O suicídio, assunto envolto ainda em tabus, deve ser abordado “com a seriedade que ele merece”, afirma a psiquiatra Angela Rezende.
Com o tema “Um passo para trás”, o Editorial faz reflexões sobre o possível fechamento do escritório do Ibama em Nova Friburgo. Esse disparate não pode ser levado adiante e “a população não pode ficar indiferente a esta medida”. Onde é que fica a coerência desse fechamento num tempo em que a preservação ambiental é de extrema urgência? Em “Massimo”, as notícias sobre o Clube do Trem são animadoras. O grupo é tão abnegado e forte que ninguém se surpreenda com as possibilidades de o trem turístico romper a realidade, em breve. Foi só colocar o sonho nos trilhos que o comboio da esperança está cheinho de ousadia! Avante ferroviários!
Elizabeth Souza Cruz
Surpresas de Viagem
A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.
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