Formas de compartilhamento

Nosso texto desta semana é uma continuação direta do que abordamos na semana passada. Após vermos que os automóveis de uso compartilhado representam uma tendência irrefreável para os próximos anos, é hora de vermos quais as formas de compartilhamento que já estão sendo praticadas, ou cuja tecnologia já está em fase de aplicação.

Ponto a Ponto

Nesta modalidade, os carros são retirados e devolvidos em uma mesma estação ou endereço. O serviço inclui combustível e seguro, e já é praticado por empresas como Zazcar (Brasil), Fleety (Curitiba), Zipcar (EUA), Mobility (Suíça), CarFoRe (Japão), e DriveMyCar (Austrália).

Aluguel Tradicional

Indicado para viagens ou quando é preciso ficar com o carro à disposição por mais tempo. Os veículos podem ser retirados e devolvidos em locais diferentes de acordo com o contrato, sendo possível cumprir percursos interestaduais. O serviço também inclui combustível e seguro, e é oferecido por companhias como Localiza, Hertz, Avis, Unidas, e Movida.

B2C (da empresa para o consumidor)

Nesta operação a frota de veículos pertence a uma empresa que faz a locação por períodos de tempo. Há uma rede flutuante de bases para apanhar e devolver o veículo. O pacote inclui combustível, seguro e assistência mecânica, e é ofertado por Car2Go (Daimler), DriveNow (BMW), Zazcar (Brasil), e Autolib (França).

C2C (de consumidor pra consumidor)

Neste sistema o consumidor aluga seu carro para outro consumidor, com a intermediação de uma empresa. Há uma rede de bases para apanhar e deixar o veículo, e o acordo inclui combustível, seguro e assistência mecânica. Na Europa, paga-se uma taxa de adesão equivalente a R$ 5,50 por hora, ou R$ 55 por dia. Entre as empresas que fazem esta ponte entre consumidores estão Communauto (Canadá e França), Koolicar (França), Autoshare (Canadá, Estados Unidos), PegCar, Olacarro, e Fleety (Brasil).

Compartilhamento de itinerário

Aqui o consumidor percorre um trajeto em veículo particular, com a intermediação de uma empresa. A contratação inclui apenas o combustível, mas não há taxa de adesão e o preço do itinerário geralmente é mais barato do que viagem de ônibus no mesmo percurso. A principal empresa a oferecer o serviço é a BlaBlaCar, empresa francesa presente em 22 países.

O conceito foi bolado há 12 anos por Frédéric Mazella, que explica: “Criamos um algoritmo de busca capaz de organizar os milhares de lugares vagos nos carros. Ele sincroniza horários e deslocamentos dos motoristas com interessados em compartilhar o itinerário, ou parte dele”. Na prática, o serviço otimiza as caronas, aproveitando melhor a capacidade de transporte dos veículos em circulação. No mundo já são mais de 35 milhões de usuários, e o número só não é ainda maior porque a maior parte das pessoas não quer ter contato com estranhos.

E aí: qual seu meio de compartilhamento favorito?