Logística Reversa

terça-feira, 08 de maio de 2018

O que é?

Logística Reversa é a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. Nos termos da PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos) é o "conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta lei."

E ainda define a logística reversa como um "instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.”

E na pratica, funciona?

Responda você mesmo: Quais os estabelecimentos que você frequenta que recebem de volta após usados, pilhas, baterias, lâmpadas, pneus etc?

Se temos dificuldades em aplicar a logística reversa para esses materiais essenciais, que impactam imensamente o meio quando descartado de forma incorreta, quem dirá para os materiais mais simples, mas que produzimos toneladas ao longo da nossa existência, como os plásticos, papéis, metais e vidros.

Infelizmente, da teoria à pratica encontramos uma enorme distância e caso não invistamos no sentido de exigir como cidadão e como consumidor que tal logística seja colocada em prática, a tendência é que essa realidade demore alguns séculos para ser modificada.

E existe uma realidade ainda pior, infelizmente, que é quando o estabelecimento recebe pilhas, baterias ou lâmpadas de seus clientes, fazendo-os pensar que darão o descarte correto ao resíduo, mas no final maquiam os resíduos em sacos de lixo e o descartam no lixo comum. Triste realidade.

O que fazer?

Observar, questionar, exigir, praticar e compartilhar.

Devemos em primeiro lugar observar nos locais onde consumimos cotidianamente. Perceber se já existe alguma iniciativa nesse sentido. Caso não haja, devemos questionar o por que não existe, tendo em vista que é um direito do consumidor e um dever do estabelecimento possibilitar a logística reversa. Após questionar, não obtendo sucesso devemos exigir tais mudanças, agindo de forma drástica se necessário, passando a consumir em outro estabelecimento caso o estabelecimento cotidiano se recuse a ouvir os seus consumidores.

Dessa forma, estaremos utilizando de nosso maior poder de transformação, o consumo consciente. E este é o caminho mais curto e eficiente, tento em vista que não necessita de leis, de vontade política, de fiscalização ou multas.

Uma vez obtido sucesso nesse sentido, cabe a nós consumidores, utilizarmos dessa conquista nos organizando para realizar na prática essa responsabilidade compartilhada.

E finalmente, após a concretização de todos esses processos, devemos enfim, compartilhar para que o máximo de pessoas possam se beneficiar dessa informação. Dessa forma, após todo processo de adaptação, ninguém sairá perdendo, pelo contrário. Todos viveremos mais, com mais saúde e qualidade através da redução dos impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos.

Calendário Verde - Maio

03 - Dia do Solo/Dia do Pau-Brasil
05 - Dia do Campo
08 - Dia Mundial das Aves Migratórias
17 - Dia Mundial da Reciclagem
18 - Dia das Raças Indígenas da América
22 - Dia Internacional da Biodiversidade/Dia do Apicultor
25 - Dia do Trabalhador Rural
27 - Dia da Mata Atlântica
29 - Dia do Geógrafo
30 - Dia do Geólogo

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Renata de Rivera

Meu Bairro Sustentável

O projeto do núcleo Meu Bairro+200 idealizado por Renata de Rivera visa tornar Nova Friburgo uma cidade sustentável. Sua coluna traz dicas de ações por uma cidade mais limpa, com menos lixo e poluição e uma vida mais saudável.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.