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Educação Ambiental
A dra. Cláudia Ferreira, ao desenvolver na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo sua pesquisa de doutoramento, constatou que grande parte dos professores tinham dificuldade de tratar sobre o tema de acordo com as orientações do Ministério da Educação. Sua motivação ao desenvolver a pesquisa foi a de compreender uma queixa que ouvia frequentemente de professores(a) referente aos materiais que recebiam para as aulas de educação ambiental. Segundo os professores, os materiais chegavam nas escolas públicas sem nenhuma orientação quanto ao uso pelos docentes que por sua vez não sabiam o que fazer com ele.
Para a dra. Cláudia os novos materiais de Educação Ambiental têm chegado às escolas, e são orientados pelos parâmetros curriculares nacionais, todavia os professores conhecem apenas superficialmente o tema e não sabem como utilizar o material que não é autoexplicativo. Ainda segundo Cláudia diversas outras falhas foram observadas no percurso desde a elaboração do material até sua entrega aos alunos. Falhas de comunicação, atraso, ausência de consulta ao educador com relação ao conteúdo do material, falta de parceria entre a Secretaria de Educação e as escolas, falta de tempo dos professores de se prepararem e de estudar o material, além da falta do oferecimento de cursos de educação continuada.
Uma outra informação importante ilustrada na pesquisa são os relatos de professores identificando a descontextualização entre o material recebido e a realidade das crianças das escolas, além da linguagem e conteúdo de difícil entendimento para os alunos. Diante disso, é impossível não fazer alguns questionamentos: Como tratar um assunto tão essencial ao desenvolvimento sustentável como a Educação Ambiental aplicada em todo seu potencial nas escolas tanto na teoria quanto na prática?
Se os maiores problemas ambientais que enfrentamos hoje são causados pela falta de conscientização dos adultos, como será o futuro se essa falha não for corrigida imediatamente? Da teoria à prática, e na articulação dos processos, concluímos que as falhas têm ocorrido tanto em redes municipais, quanto estaduais. Por isso, tanto nas redes públicas, como privadas, torna-se necessária a capacitação dos profissionais de educação para a prevalência da lei. No âmbito familiar os pais devem influenciar positivamente com exemplos e atitudes práticas o que é ensinado na escola. E quanto ao papel da comunidade, cabe a ela se envolver mais nas questões sociais e ambientais. Entender que seu bairro é na verdade a extensão de seu quintal e que cabe a cada cidadão se envolver e cuidar.
Apenas dessa forma, com cada um cumprindo fielmente seu papel, sem postergar ou incumbir ao outro o que é de sua obrigação, garantiremos “a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade” conforme afirma a Constituição Federal.
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Renata de Rivera
Meu Bairro Sustentável
O projeto do núcleo Meu Bairro+200 idealizado por Renata de Rivera visa tornar Nova Friburgo uma cidade sustentável. Sua coluna traz dicas de ações por uma cidade mais limpa, com menos lixo e poluição e uma vida mais saudável.
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