Sem palavras

quinta-feira, 14 de março de 2019

Sem palavras

Difícil, muito difícil conseguir manter o foco e escrever sobre qualquer assunto ainda sob o efeito do que se passou nesta quarta-feira, 13, em Suzano-SP.

Como costuma dizer o cantor e diácono Nelsinho Corrêa, aos pais que perdem seus filhos é reservada uma dor que não tem nome.

Talvez por ser antinatural.

O filho que perde o pai se torna órfão, o cônjuge separado pela morte fica viúvo.

Mas a dor do pai que se despede do filho não pode ser expressa em palavras.

Emendou

Conforme a coluna havia antecipado em primeira mão, nossa nova Lei Orgânica sofreu mesmo sua primeira emenda, durante a sessão da última terça-feira, 12.

A nova redação passa a incorporar o parágrafo 4º ao artigo 154.

Aspas

“Não perderá o mandato o vereador que, na condição de suplente, assumir temporariamente o mandato de deputado estadual, deputado federal ou senador, sendo a renúncia obrigatória apenas quando a assunção ocorrer na condição de titular de mandato público eletivo.”

Sensato

A necessidade do ajuste se fez notar a partir da situação vivida pelo vereador Sérgio Louback, que em breve deve assumir, na condição de suplente, a cadeira de Chiquinho da Mangueira, na Alerj.

Ainda que, neste caso específico, o retorno do titular seja mais do que improvável, o mandato de Louback ficará preservado no Legislativo Municipal caso sua suplência na esfera estadual não seja mais necessária.

Cá entre nós, trata-se de uma emenda sensata.

Estagnou

Já a outra mudança que vinha se desenhando para a composição do plenário parece estar sepultada, ao menos momentaneamente.

Conforme a coluna havia registrado, tentou-se costurar a ida do vereador Cascão para a Secretaria de Esportes, que deve receber muitos recursos por intermédio do deputado federal Luiz Lima em futuro próximo.

Fica como está

A mudança traria o ex-vereador Éder Carpi (Ceará) de volta ao plenário, e a coluna entende que possivelmente o faria na condição de líder de governo.

Ao que parece, no entanto, as articulações esbarraram em detalhes incontornáveis e, ao menos por ora, fica tudo como está.

Detran

Qualquer usuário sabe bem que a unidade do Detran em Nova Friburgo está muito aquém de atender às demandas de nossa sociedade, correto?

Da mesma forma, qualquer um que busque se manter informado através de fontes confiáveis deve saber também que o órgão andou sendo usado para práticas empregatícias “alternativas”, vamos chamar assim, em passado não muito distante.

Descontinuidade

Para completar o cenário, começaram a circular denúncias de que funcionários terceirizados estariam sendo alvo de assédio, na forma de coação para que pedissem demissão, abrindo mão de seus direitos.

A situação estaria ocorrendo após a troca de empresa prestadora de serviço ao órgão.

De olho

A coluna já havia captado estes sinais, e pode confirmar que o atuante Ministério Público do Trabalho enviou representação nesta terça-feira, 12, para que averiguasse a situação.

E, até onde a coluna foi capaz de apurar, o que viu por lá não era muito diferente do que havia sido descrito não.

Presença importante

De modo não surpreendente, ao que parece a visita do MPT alterou o rumo das negociações.

O discurso atual sugere que a nova empresa irá assumir os funcionários que já trabalhavam por lá, e ainda os auxiliar com o processo de rescisão indireta em relação à empresa antiga.

A coluna seguirá acompanhando o caso com atenção.

Corrente (1)

O Conselho Municipal de Saúde está questionando o Palácio Barão de Nova Friburgo a respeito da escassez de informações relacionadas ao pacotão de obras orçado em R$ 26 milhões.

De fato, a falta de diálogo que marca o episódio é absurdamente desrespeitosa.

Corrente (2)

Tal situação torna duas observações quase que inevitáveis. A primeira é que a utilização destes recursos ainda vai dar pano para manga, dada a robustez de alguns questionamentos a respeito de como se deu a autorização legislativa.

E a segunda é que o próprio Conselho de Saúde também vem sendo questionado pela maneira com que promoveu a eleição de seus quadros durante a mais recente Conferência Municipal de Saúde.

Vazio

Um ano após voltar a ser impresso, o tradicional Jornal do Brasil deixará novamente de circular, ficando restrito à internet.

A VOZ DA SERRA conhece bem as dificuldades do mercado - sobretudo para quem não abre mão da isenção editorial -, e lamenta ter que dar esta notícia.

O jornalismo fluminense fica mais pobre.

Respostas

Até o fechamento desta edição haviam reconhecido corretamente a charmosa Praça João Heringer, em São Pedro da Serra os leitores José Carlos Reis, Filipe Saturnino, Antônio Lopes, Rosemarie Künzel e Marcelo Machado, que chamou o aconchegante distrito de a “Búzios friburguense”.

Como de hábito, respostas recebidas após o fechamento serão registradas em nosso próximo encontro.

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Massimo

Massimo

Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.

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