Respeito aos concursados

Para pensar

"É um golpe por dia!"

Nelson Luiz Pereira Cunha, jornalista e assessor parlamentar, a respeito do projeto que pretende liberar a terceirização irrestrita da mão de obra no Brasil.

Para refletir

“Verdade é aquilo que deve ser dito, retidão é o que deve ser praticado, paz é o que deve preencher a mente, amor é o que deve se expandir dentro de nós e não-violência é o que devemos ser plenamente.”

Sathya Sai Baba

Respeito aos concursados (1)

As notas dedicadas semana passada ao ambulante Ernane Ferreira acabaram viralizando na internet friburguense, e como sempre ocorre nesses casos, tornaram-se também adubo para a ação da pós-verdade.

Logo, havia gente dizendo que ele estava sendo nomeado secretário, que iria ganhar uma fortuna… E, claro, a realidade não está nem perto disso. A verdadeira chance que Ferreirinha está tendo é a de trabalhar para se alimentar e terminar os estudos.

É só isso.

E tudo isso.

Respeito aos concursados (2)

Todavia, olhando com atenção as (poucas) críticas que foram feitas, parece claro que a revolta de alguns não seja nem de longe contra a oportunidade dada a Ferreirinha, mas sim contra a endêmica mercantilização das nomeações, a cultura da troca de apoio por boquinhas.

Boquinhas estas, vale acrescentar, que geralmente recebem salários maiores do que aqueles destinados aos concursados, os quais efetivamente carregam a administração nas costas.

Ora, nisso o leitor tem toda a razão, e todo o apoio deste colunista.

Respeito aos concursados (3)

De fato, não se pode fechar os olhos ao grande número de recentes nomeações atreladas a diversos vereadores, e os múltiplos impactos que tal prática pode gerar.

A fiscalização legislativa ficará prejudicada?

Os nomeados estão ganhando mais que os concursados para o exercício de funções análogas?

Tais nomeados serão cobrados da mesma maneira que servidores efetivos?

Respeito aos concursados (4)

Se as respostas a estas perguntas se revelarem as mesmas que acontecem na maioria dos casos, o eleitor terá sim todos os motivos para se sentir traído.

O que não significa que todas as nomeações sejam políticas, imerecidas ou desnecessárias.

Com certeza não.

O que preocupa é um vereador eleito indicar 16 pessoas aos quadros públicos, incluindo pai e esposa, em troca de apoio.

Fiscalizando (1)

O colunista questionou há pouco se o papel fiscalizador da Câmara será prejudicado em função das nomeações que de lá saíram.

Bom, até o momento, isso ainda não aconteceu.

Na sessão da última quinta-feira, por exemplo, mais dois requerimentos de informação foram aprovados por unanimidade em plenário.

Fiscalizando (2)

O primeiro deles, de autoria do vereador Sérgio Louback, direciona seis perguntas bastante diretas a respeito dos “procedimentos administrativos adotados no Processo Administrativo nº 1.077/2016; Pregão Presencial nº 046/2016”.

O vereador aponta na justificativa que “mais de 250 itens não foram cotados no certame”, e que a empresa que “cotou o menor preço unitário em mais de 200 itens” é a mesma que, segundo o G1, “está envolvida em polêmicas em licitações nos municípios São Pedro da Aldeia e Niterói”.

É, em resumo, mais um requerimento cuja resposta precisa se tornar pública.

Fiscalizando (3)

Já o segundo requerimento foi apresentado pelo vereador Nami Nassif, e reúne dez perguntas a respeito do Samu em Nova Friburgo.

O questionário, em essência, nasceu da estranheza de ver a compra de gás GLP “para atender às necessidades do Samu”, quando “não há informações da implantação do Samu”, por aqui.

Oportunidade

Com tantos bons requerimentos aprovados neste início de ano, o governo municipal tem uma ótima oportunidade de dar transparência à administração.

Tanto à atual quanto à que terminou em dezembro.

TFD (1)

A sessão de quinta aprovou ainda indicação legislativa do vereador Zezinho do Caminhão, sugerindo à Prefeitura elaboração de Projeto de Lei “que disponha sobre a concessão de auxílio-alimentação dos pacientes e acompanhantes em Tratamento Fora de Domicílio (TFD)”.

TFD (2)

A bem da verdade, Zezinho já havia tentado essa indicação antes, e aparentemente a proposta contou com a simpatia de todo o plenário.

O colunista também apoia.

Afinal, falemos francamente aqui, não é na preservação mínima da dignidade que está o rombo de nosso sistema de saúde.

Muito pelo contrário.

Carne fraca (1)

O Massimo tem aguardado pelos fatos, ciente de que algumas informações foram divulgadas antes da devida averiguação.

Ainda assim, um registro parece ser apropriado.

Dezessete anos atrás, em sala de aula, o bem informado professor de geografia José Alexandre Vieira já denunciava aqui em Nova Friburgo a possível adição de papel a alimentos embutidos.

Carne fraca (2)

Para muitos, à época, aquelas palavras pareciam surreais demais, mesmo para o padrão brasileiro de corrupção…

Resta esperar que, naquela época e agora, a informação não tenha passado de uma interpretação equivocada a respeito da estocagem dos alimentos.

Será?

Ganhando forma

É com alegria que o Massimo informa que o Country Club abraçou a realização do Festival de Cinema de Nova Friburgo, e irá sediar parte das atividades a serem realizadas entre os dias 1º e 5 de novembro deste ano.

O colunista pode antecipar, por exemplo, que a ilha principal será palco para a exibição de filmes em tela grande, e também para que bandas executem temas de filmes.

Já o teatro receberá oficinas para crianças pela manhã e palestras de cineastas à tarde.

Vai ser lindo.

Engajamento

O Massimo torce para que caia logo a ficha do tamanho do evento, para que o empresariado faça bom uso da Lei Rouanet e apoie esta iniciativa que pode gerar tremenda mídia positiva para nossa cidade.

Para ilustrar a coluna de hoje, a coluna publica em primeira mão a logo do festival, criada pela Fábrica de Ideias.

O pássaro é o Sanhaço Vermelho, que foi escolhido a partir de reportagens publicadas por A VOZ DA SERRA, e dará nome ao troféu de prêmios.