Precisa mudar

sexta-feira, 03 de fevereiro de 2017
Foto de capa

Para pensar

“Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir.”

Winston Churchill

Para refletir

“Ousa dizer a verdade: nunca vale a pena mentir. / Um erro que precise de uma mentira, acaba por precisar de duas.”

George Herbert

Surto (1)

O Massimo dedicou várias notas na coluna de ontem a falar desta praga chamada pós-verdade, tomando como exemplo a onda de difamações criminosas que se segue a cada nova lista de investigados pela Operação Lava Jato.

Mas existem exemplos ainda mais graves, nos quais a leviandade informativa chega mesmo a custar vidas.

Surto (2)

Dias atrás, leitores habituais devem se lembrar, a coluna publicou um comunicado da Fundação Oswaldo Cruz desmentindo informações mentirosas que vêm gerando confusão a respeito das maneiras mais eficazes de se proteger em relação às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

A coisa chega a este ponto.

Surto (3)

Pois bem, eis que na tarde de quarta-feira, pouco após o fechamento da coluna de quinta, algumas vozes confiáveis da secretaria de Saúde - o Massimo gostaria de dizer que confia em todas, mas infelizmente estaria mentindo - procuraram o colunista pedindo apoio em relação à agitação que se formou em torno das doses da vacina contra a febre amarela ainda disponíveis aqui em Nova Friburgo.

Fatos (1)

A situação é meio que surreal, sabe?

Falando em linguagem leiga e direta, a cidade não está em área de risco, mas ainda assim recebeu quinhentas doses como medida preventiva, voltadas sobretudo aos cidadãos que pretendem se deslocar a regiões atingidas pela doença.

Mas aí vale o velho ditado, mais literal do que nunca: “De graça, até injeção na testa”.

Fatos (2)

A procura pela vacina foi enorme desde que a aplicação começou, chegando às raias da histeria nos últimos dias, com o estoque próximo ao fim, a tal ponto que já houve servidores sofrendo ameaças bastante concretas por parte de pacientes ou parentes que, na maioria absoluta dos casos, simplesmente não precisam se submeter ao procedimento de imunização.

Bola de neve

No fim, é a velha receita de bolo.

Doses diárias de sensacionalismo e alarmismo (porque, desde sempre, parecemos mais propensos a acreditar nas más notícias), somadas a todos os traumas reais e concretos que instituições efetivamente tratam de impor ao cidadão geram esse clima de desespero e desamparo, marcado por reações muitas vezes emocionais, ainda que compreensíveis.

Muita calma

O colunista reafirma, portanto, que não há motivos para toda esta agitação.

A situação de algumas cidades vizinhas é diferente da realidade friburguense, e as doses que restam por aqui devem ser direcionadas preferencialmente a quem irá viajar a zonas atingidas pela febre amarela.

Não há cabimento que servidores da pasta sofram qualquer tipo de pressão para agir de maneira diferente.

Exemplo

Olha só que coisa mais legal.

O twitter oficial da Uerj reproduziu nesta quinta-feira mensagem de nossa brava Associação Comercial Industrial e Agrícola de Nova Friburgo, assinada pelo presidente, Flavio Stern, dando total apoio à nossa maior universidade estadual e cobrando do Palácio Guanabara as medidas necessárias para proteger e garantir a continuidade de suas atividades.

Parabéns à Acianf pela oportuna manifestação.

Precisa mudar (1)

Quem circulou pela Avenida Han Geiser na manhã desta quinta-feira, 2, viu uma cena que se repete com alguma frequência.

Os veículos em fila, para serem vistoriados, não cabem no pátio reservado à atividade e invadem uma das pistas da RJ-116, muitas vezes chegando ao cúmulo de fechar a saída da Rua Atalaia, como foi o caso ontem.

Precisa mudar (2)

O Massimo não é técnico, nem conhece os procedimentos com a profundidade necessária para se arriscar na busca por soluções.

Existem pessoas mais do que capacitadas para isso.

Qualquer criança de cinco anos, no entanto, pode confirmar que algo está errado e precisa ser modificado.

Pequenos focos (1)

Quem anda à noite pelas ruas de Nova Friburgo deve ter notado um aumento sensível no número de jovens consumindo drogas que até o momento são ilícitas em nosso país.

Aparentemente a turma está perdendo o pudor, sabe?

Da mesma forma como já perderam em relação a desrespeitar a lei do silêncio.

Pequenos focos (2)

O colunista bate nestas teclas por entender que casos mais graves vivenciados atualmente nas grandes cidades brasileiras começaram assim, timidamente, e foram evoluindo para situações profundamente comprometedoras em relação à qualidade de vida coletiva.

Essa juventude precisa de atenção, oportunidades de formação e carreira e opções de distração também.

Temos que falar sobre isso.

 

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Massimo

Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.

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