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Polêmicas
Para pensar:
“Quando se aprende a amar, o mundo passa a ser seu.”
Renato Russo
Para refletir:
“O problema fundamental é a impunidade, que criou um tipo de cultura.”
Mário Covas
Polêmicas
O Massimo acordou “daquele jeito”, e a coluna deste fim de semana vai tratar de diversas polêmicas, e apenas uma unanimidade.
Se o leitor não gosta de um pouco de pimenta, então leia com moderação.
Aniversário da cidade
O bom debate a respeito da data mais credenciada a pleitear o aniversário de Nova Friburgo continua fermentando entre leitores para lá de qualificados.
Seguem, abaixo, a essência dos depoimentos enviados por Lucio Flavo Gomes da Silva; Paulo Murillo Cúrio e Girlan Guilland sobre o tema.
Lucio Flavo
“Lendo os comentários feitos (na coluna da última quarta-feira,3) pelo amigo Paulo Murillo Cúrio, gostaria de acrescentar o seguinte: quando da comemoração dos 150 anos a mesma discussão tomou conta de Nova Friburgo. De um lado o historiador Décio Monteiro Soares e do outro o avô do Paulo, Pedro Cúrio. Cada qual defendendo sua tese. Tomei a liberdade de escrever para o programa "Pergunte ao João", na rádio Jornal do Brasil, famosíssimo naquela época, para buscar uma opinião menos apaixonada. A questão foi tratada com uma deferência especial pelos redatores, e recebi a resposta com um arrazoado sustentado em pesquisas feitas no Arquivo Nacional e outras fontes. Encaminhei à época cópia da resposta à Prefeitura de Nova Friburgo, e mais tarde doei ao Pró-Memória, da Teresa Albuquerque, todos os originais que recebi. Sem querer polemizar, a resposta do "João" foi a favor da data de 16 de maio e, se a memória não falha, foi contestada pelo jornalista Pedro Cúrio em seu jornal.”
Paulo Murillo Cúrio
“Nova Friburgo recebia os veranistas de janeiro até o carnaval. Vinham principalmente de Niterói e Rio de Janeiro em busca de um clima ameno, pois o verão, além do calor, implicava em custos adicionais com aparelhos de ar. Um dos hábitos era ficar na Praça XV de Novembro (atual Getúlio Vargas) sentados nos bancos aproveitando a frescor da noite e os sorvetes da Única. Saindo da sessão do Cinema Eldorado, o Hotel Engert, com os seus hóspedes e com as janelas abertas à altura da Rua Augusto Cardoso... Na quarta-feira de cinzas os veranistas desciam a serra e a cidade voltava à sua tranquilidade, quando o tempo custava a passar. Saudade danada! Dizia Pedro Cúrio que 16 de maio foi escolhido como estratégia para movimentar a cidade com os festejos de maio, que duravam o mês todo com exposições de flores e frutos, escolha de miss, desfiles cívicos, jogo de futebol, corridas a pé, missa campal... E com isso a rede hoteleira e a economia da cidade se fortaleciam em um período de baixa estação.”
Girlan Guilland
“Sobre a nota do amigo Paulo Murillo Cúrio, com todo o respeito à causa defendida à época por seu avô, decano da imprensa friburguense, considero o assunto por demais esclarecido. O próprio AVS, em edições recentes de sua coluna ‘Há 50 anos’ nos lembra que uma comissão de notáveis à época do sesquicentenário decidiu por adotar oficialmente a data do Decreto Real, 16 de maio de 1818. Para defender essa data, a meu ver não faltam argumentos: o título de Cidade Real, em razão do decreto de Dom João VI, é um dos mais fortes. Além disso, imaginemos a comemoração do ‘Dia de Nova Friburgo’ num mês de janeiro, de férias e em pleno verão, quando boa parte da população se transfere para a praia ou outras viagens... Creio que nem para realizar o desfile seria possível. Além disso, o mês frio de maio combina ainda mais com a ascendência europeia de Nova Friburgo. E, por fim, fico com o argumento do saudoso amigo, engenheiro e historiador Raphael Luiz de Siqueira Jaccoud, extraído do livro ‘História, Contos e Lendas da Velha Nova Friburgo’ (1999): ‘Agora, perguntamos: qual a data mais apropriada para festejar o Dia de Nova Friburgo? Em nossa opinião, qualquer dia serve. Ou por outra, o melhor mesmo é festejar todas as datas, por que não? Todas são verdadeiramente marcantes na história do nosso município e da nossa comuna. Rincão que tem passado, tem história e tradição a zelar. Logo, quanto mais festas e mais alegria melhor!’ Eu procuro "comemorá-las" todas, destacando-as quanto possível. Por que não, daqui a dois anos, celebrarmos os 'dois séculos' da criação da Villa? Como também não poderemos deixar de celebrar, daqui a seis anos, em 3 de maio de 1824, outro bicentenário não menos importante: os dois séculos da chegada dos pioneiros alemães protestantes ao Brasil!”
Dança das cadeiras (1)
Também existe um bom debate em torno da linha sucessória de Marcio Damazio (novo secretário de Serviços Públicos) na Câmara Municipal.
Conforme o entendimento de advogados próximos ao Legislativo, o primeiro suplente da coligação DEM/PSDB, Francisco de Barros, deve assumir a cadeira porque “sua nomeação para o cargo de assessor de nível técnico I de apoio operacional da Secretaria Municipal de Governo não dá direito ao segundo suplente (Marcelo Verly) tomar posse como vereador. Segundo o artigo 74, V, alínea ‘a’ da Lei Orgânica Municipal, somente nos casos de investidura no cargo de secretário municipal o vereador poderá obter licença”.
Dança das cadeiras (2)
Ainda de acordo com a tese apresentada ao colunista, restam três possibilidades.
“Francisco de Barros tomar posse como vereador para não ser declarada a vacância da vaga com a perda automática do mandato; ou tomar posse e renunciar ao mandato de vereador para o segundo suplente ter o direito de assumir; ou simplesmente ser nomeado secretário. O cargo atual por ele ocupado não permite a posse do segundo suplente. A possibilidade de não assumir o mandato deve ter como garantia que ele retorne ao cargo atual, que exige formação de nível técnico, mais uma gratificação para melhorar o salário. Resta, portanto, saber se Francisco de Barros pretende renunciar ao mandato, tomar posse como vereador suplente e lá permanecer, ou pleitear uma secretaria municipal”.
Parênteses
A este respeito, o Massimo entende que a articulação política em questão pressupõe a renúncia de Francisco de Barros, tanto quanto a nomeação de Marcelo Verly como novo líder de governo.
A conferir.
Presença do Barão
Ao fim do primeiro episódio da série de vídeos "Historiando", disponível no YouTube, o parceiro Girlan Guilland mencionou as condições precárias do mausoléu do Barão de Nova Friburgo, no cemitério do Catumbi.
E fez uma provocação ao sugerir que, no contexto dos 'Dois séculos de Nova Friburgo', deveríamos fazer o translado de seus restos mortais para o município, obviamente “cuidando para que os eventuais ‘custos’ sejam arcados pela iniciativa privada”.
Aspas
“Já imaginou um monumento junto à Capela de Santo Antonio, no Suspiro com os restos mortais do Barão? A Real Banda Euterpe Friburguense faria concerto especial na inauguração do novo mausoléu de seu primeiro presidente. Teríamos mídia nacional, e ainda ia virar atração turística.”
E então, o que os leitores pensam da ideia?
Uber e Táxis (1)
E já que falamos em translado, uma leitora dá sua visão a respeito dos benefícios do Uber para a mobilidade urbana.
“Sem o Uber a população fica com a locomoção limitada, em uma cidade cheia de ladeiras, com muita chuva, e transporte coletivo precário. Os momentos de lazer ficam perigosos e restritos, já que há lei seca, mas não há táxis à noite. E quando há, em alguns casos sai mais caro do que a noite de diversão.”
Uber e Táxis (2)
“A lei que tentam implementar na cidade é um impeditivo, pois o Uber não paga impostos igual aos taxistas, porém não possui desconto em compra de veículos, não possui ponto fixo, e todos os outros benefícios e isenções que o taxista possui. Sugerir que o Uber pague os mesmos impostos que os taxistas é privar a sofrida população friburguense de uma comodidade enorme e de qualidade de vida. Em todas as cidades que possuem o serviço, o Uber fez com que os taxistas melhorassem a qualidade do serviço para sobreviver em um mundo competitivo. Acho que o friburguense merece esse presente, um transporte seguro, acessível, com tratamento cordial e funcionamento 24 horas.”
Parênteses (2)
O colunista também não pode deixar de acrescentar que neste exato momento a cidade de São Paulo está em processo de regulamentação do serviço, e o mesmo acontece em diversas capitais mundiais.
De fato, a chegada do Uber (e de outros aplicativos de natureza análoga) parece tão inevitável quanto a regulamentação de suas atividades.
Unanimidade
Após tantas polêmicas, a prometida unanimidade.
Termina nesta sábado, 6, o prazo para que entusiastas e amigos possam participar da campanha de financiamento coletivo da biografia da diva Marly Pinel.
Basta acessar a página (https://www.kickante.com.br/campanhas/marly-trajetoria-de-uma-diva-friburguense/apoiar) e colocar mais um tijolinho nesta obra.
Hamilton Werneck
O professor, escritor e palestrante Hamilton Werneck participa no próximo mês, a convite da prefeitura de Brumado-BA, da abertura da Jornada Pedagógica, realizada pela Secretaria Municipal de Educação.
O evento faz parte do planejamento de medidas importantes que estão sendo implantadas, cujas ações estão em andamento e deverão ser discutidas entre as equipes gestoras das escolas e os educadores, para melhoria do desempenho de toda a rede municipal de educação.
Segundo Werneck, “sob a gestão ‘Educar para libertar’, a equipe pedagógica local acredita no potencial humano dos educadores municipais e no compromisso de todos em fazer da educação o caminho para a liberdade”.
Pergunta
Fim de semana chegando, tem festa para celebrar os 148 anos da banda Campesina Friburguense e nada melhor do que uma foto de Regina Lo Bianco para deixar os leitores ligados.
E então amigos, onde se encontra este jardim retratado?
Um ótimo fim de semana, e boa sorte a todos.
Massimo
Massimo
Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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