Pode esquecer

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Para pensar:
“Você sabe que encontrou a felicidade quando vive um momento que não quer que acabe.“
Clóvis de Barros Filho

Para refletir:
“A reação mais comum da mente humana a uma conquista não é satisfação, e sim o anseio por mais.”
Yuval Noah Harari

Pode esquecer
O leitor por acaso se lembra de como encerramos nossos trabalhos na semana passada, em meio a todas aquelas reviravoltas quanto a quem irá, ou não irá, gerir a UPA de Conselheiro Paulino pelos próximos anos?
Pois é, pode esquecer aquilo lá.
Já mudou tudo de novo, e talvez tudo já tenha tornado a mudar quando você estiver lendo essas palavras.

Única certeza
No fim da tarde do último sábado, 16, o colunista foi informado de que a Unir Saúde havia contratado um escritório local de advocacia e conseguido reverter a liminar mais recente que determinava a troca de gestão no fim de semana que passou.
Como a gente havia dito por aqui, os problemas da Unir em esfera estadual - tomados como motivo para derrubar a liminar anterior - não alteravam em nada os apontamentos feitos em relação à Viva Rio, e os detalhes de sua participação na concorrência pela gestão da UPA.
Ou seja: certo mesmo é que ainda não tem nada certo.

Igual, só que não (1)
E quer saber de outra?
Também na semana passada a coluna registrou que a Viva Rio estava aproveitando os funcionários da Unir, e que a mudança de gestão não significaria, ao menos de imediato, grandes mudanças nos quadros de pessoal.
E isso é mesmo verdade.

Igual, só que não (2)
Porém, a continuidade da apuração revelou um detalhe importante: os salários de muitos funcionários foram sensivelmente reduzidos quando da contratação pela Viva Rio.
E também há depoimentos falando em corte de auxílio refeição.
Eis aí uma demonstração prática do tipo de efeito que altas taxas de desemprego exercem sobre as condições de trabalho.
Afinal, é melhor ganhar pouco do que não trabalhar, não é isso que se diz?

Imagine...
Toda essa disputa pela gestão da UPA, toda essa pressão sobre a folha salarial, e a gente continua tratando as Organizações Sociais como entidades sem fins lucrativos.
E muita gente continua defendendo a gestão terceirizada como se fosse a solução para todos os nossos problemas, como se todos os melhores esforços já tivessem sido empenhados na gestão direta, como se não houvesse intermediários ou pesados
interesses infiltrados na concepção deste tipo de relação.
Imagine então se tivessem fins lucrativos, hein...

Sofrimento anunciado (1)
Já fazia alguns meses que o colunista não ia a Lumiar, e foi grande o choque com o péssimo estado da RJ-142, em especial no sentido Mury-Lumiar.
São muitos buracos de enormes proporções, por vezes localizados em locais de pouca visibilidade, em curvas ou áreas sem qualquer acostamento.

Sofrimento anunciado (2)
Armadilhas que não apenas podem causar prejuízos mecânicos suficientes para interromper uma viagem - ou tornar sua continuidade menos segura -, mas que também fazem com que em diversos pontos motoristas acabem invadindo a contramão em manobras evasivas, expondo-se, a riscos de uma colisão frontal.
A estrada precisa de reparos urgentes, às vésperas do período no ano em que é mais utilizada.

Sofrimento anunciado (3)
Fica aqui o apelo ao DER, e a todas as forças sociais friburguenses, a fim de que cobrem do órgão manutenções imediatas.
Se nada for feito, as chances de que muitas famílias venham a sofrer em breve com dores evitáveis é muito grande.
O espaço fica aberto a ajudar no que lhe for possível.

Bacurau
O Teatro Municipal Laercio Rangel Ventura recebeu aproximadamente 500 pessoas na noite de sexta-feira, 15, para uma exibição do filme Bacurau, que por aqui não conseguiu espaço nas salas convencionais de cinema.
A exibição foi gratuita, financiada previamente por uma “vaquinha”, e integrou as atividades do festival FriCine.

Filme de terror
Como o leitor bem sabe, 2020 é ano de eleições municipais, e o assanhamento nos bastidores já é muito grande a esse respeito.
Tem muita reunião acontecendo, muito churrasquinho, muito flerte, e tudo o que dá para dizer a partir das fotos que começam a pipocar aqui e ali é que nossa cidade corre o sério risco de continuar servindo de exemplo a contrariar a frase que se tornou famosa na boca do palhaço Tiririca: “Pior do que está não fica”.

Loop
É profundamente desanimador ver gente que há muito deveria estar atrás das grades andando por aí, fazendo planos, costurando alianças, inventando factoides, estabelecendo parcerias com caciques que sintetizam o que nossa política tem de pior, e construindo chapas comprometidas ou de fachada.
No passado, o eleitor friburguense já passou pela triste experiência de votar no que viu e eleger o que não viu.
E, se não tomar cuidado, a história tem grandes chances de se repetir.

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Massimo

Massimo

Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.

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