Massimo — 26/01/2017

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Para pensar

“As nossas maiores dissimulações são desenvolvidas não para esconder o que há de ruim e feio em nós, mas o nosso vazio. A coisa mais difícil de esconder é aquilo que não existe.”

Eric Hoffer

Para refletir

“A embriaguez excita e traz à luz todos os vícios, tirando aquele senso de pudor que constitui um travão aos instintos ruins.”

Sêneca

Para lembrar (1)

Todo mundo deveria ter essas noções em mente, mas de vez em quando parece importante a gente recordar.

Apesar do salário que recebem - alto, para os padrões friburguenses - o dinheiro é o menor dos vínculos entre um parlamentar e a população que o elegeu.

Para lembrar (2)

Os aspectos mais importantes são outros.

Primeiro: ninguém obriga ninguém a se candidatar.

E, acima de tudo, há que se considerar sempre que a eleição se dá por escolha popular.

Por confiança.

Porque o eleitor se sente representado pelo candidato.

Para lembrar (3)

Ao menos, deveria ser sempre assim.

A miopia em relação ao que realmente importa, contudo, gera enormes prejuízos ao processo democrático, a começar pelo deprimente tráfico de votos.

De sua parte, o eleitor que vende o voto cospe no sangue derramado por quem lutou por esse direito.

Já o candidato, abre mão - por saber que não merece - do significado maior de sua eleição.

Resultado

O resultado é que, depois de eleito, o mau político não se sente em débito com a população.

Ele já pagou pelo voto, afinal.

Caso concreto

Daí, quando um novo regimento interno é elaborado com o intuito de eliminar velhos vícios e moralizar o funcionamento da Câmara, um velho político, adepto da velha política, não se dá nem ao trabalho de comparecer à apresentação.

Dias depois o vetusto, acostumado a se ausentar do plenário sem qualquer justificativa e a explorar as muitas brechas do atual regimento para elaborar manobras de interesses menores, começa a boicotar o documento nos bastidores.

Epicentro

No centro da discórdia estão os dispositivos que abrem a possibilidade de descontos salariais para quem faltar a sessões ordinárias sem a devida justificativa.

Como acontece comigo, contigo, e com qualquer trabalhador deste país.

O vereador faltoso não quer ser penalizado por sua falta de compromisso, mas não pode falar isso abertamente.

O jeito, então, é sabotar o documento inteiro. E de quebra continuar com as brechas que sempre tratou de explorar.

Parênteses

Comparecer às sessões é obrigação do parlamentar.

Eventualmente ele (ou algum de seus dependentes) ficará doente, ou terá compromissos fora da cidade, e tanto um caso quanto outro são perfeitamente compreensíveis.

Mas não dá para aceitar a velha conversa de que estava “atendendo a população”.

Tem hora para tudo.

Dar as caras

O Massimo bem que tentou ouvir os vereadores sobre o novo regimento, mas a casa estava bastante vazia na manhã desta quarta-feira, 25.

Ainda assim, se algum legislador quiser enviar depoimento pequeno sobre o tema, a coluna irá publicar conforme a disponibilidade de espaço.

Insulina

A Secretaria Municipal de Saúde enviou resposta ao Massimo a respeito da manifestação de um leitor publicada na coluna de terça-feir, 24, dando conta da falta de um tipo específico de insulina no Raul Sertã.

Aspas (1)

“Sobre a nota publicada nesta terça-feira, 24, na coluna Massimo de A VOZ DA SERRA, a Secretaria Municipal de Saúde esclarece que a rede disponibiliza cinco tipos de insulina - Alpidra, Humalog lispro, Lantus frasco e refil, Novo Rapid flex pen e refil, e Levemir flex pen e penfil -, que podem ser encontradas na farmácia complementar, localizada ao lado da central de ambulâncias do Hospital Municipal Raul Sertã.”

Aspas (2)

“Portanto, o referido medicamento apontado pela leitora, não fica disponível no Hospital Raul Sertã, mas na farmácia complementar, estando em falta há uma semana. Tão logo a atual gestão tomou conhecimento de urgências como essa, abriu o processo para licitar medicamentos em falta, o que está em andamento, a fim de regularizar a situação.”

Uma nova esperança (1)

Quem acompanha o dia a dia da cidade sabe que não é de hoje que os ex-alunos do Colégio Nova Friburgo dão exemplo de amor e respeito às próprias raízes.

Pois bem, no mais recente encontro anual da associação, realizado no Rio de Janeiro, havia sido combinada a visita de uma comissão denominada “Ala Jovem” às tradicionais instalações da unidade, que até 2011 abrigavam o campus da Uerj em Nova Friburgo.

Uma nova esperança (2)

Tal visita aconteceu de fato, no último sábado, 21, e deixou os ex-alunos muito tristes com o grau de deterioração do patrimônio que testemunharam.

A boa notícia, contudo, é observar o profundo comprometimento do novo grupo, que não vai descansar enquanto não der um destino digno à escola abandonada.

E, cá entre nós, é muito justo.

Poucas cidades possuem espaço tão privilegiado a disposição para bons projetos.

Xis

A foto de hoje registra o encontro dos velhos amigos, reunidos em um momento de confraternização na casa do ex-aluno Bernardo Braune, logo após a vistoria à escola.

O Massimo deseja a todos muita sorte na empreitada.

Foto da galeria
TAGS:

Massimo

Massimo

Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.