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Massimo — 24/05/2016
Sabe o quanto vale
Fim de mandato é sempre uma época reveladora.
Quem olhar com um mínimo de atenção consegue ver, nitidamente, quais os políticos que têm a consciência de terem feito um bom trabalho, honrando a confiança e o salário que receberam, e quais, por outro lado, fazem qualquer coisa para assegurar alguns votos a mais.
Qualquer coisa mesmo. É o chamado desespero.
Pode tudo?
Nos bastidores, a briga de foice já começou faz tempo.
É um vereador se apropriando do trabalho do outro; é pré-candidato tentando derrubar o próprio companheiro de nominata; é foto de ex-vereador asfaltando pessoalmente propriedade privada; é ex-assessor acusando parlamentar de fazer caixa dois para comprar votos...
É o tipo de filme que já vimos várias vezes, mas resta sempre a esperança de que, algum dia, a população se unirá para mudar o final.
Em tempo...
Entre as práticas citadas, pelo menos duas estão sendo devidamente investigadas.
Pode ser que logo tenhamos novidades por aí...
Fala, leitor! (1)
“Caro amigo Massimo, registro com tristeza uma atitude infeliz que penalizou idosos e aposentados que costumam se reunir para jogar tranca. Após vários pedidos, a ex-prefeita Saudade Braga inaugurou, no ano de 2005, um espaço para que eles se sentissem protegidos, e que tinha também um banheiro, pois a maioria dos jogadores são cardiopatas e não podem reter líquidos. Quando da inauguração a ex-prefeita foi clara: o WC seria usado pelos aposentados e taxistas que, como obrigação, teriam que manter o citado ambiente higienizado.”
Fala, leitor! (2)
“Vários anos se passaram, até que determinou-se que todos os pontos de táxi teriam que ter um WC para uso dos taxistas. Foi com espanto que vimos um espaço que era público se tornar privado, de uso exclusivo destes profissionais, deixando os idosos e aposentados carentes de um banheiro. Agora eu pergunto: terá o atual prefeito tomado conhecimento dessa situação? Enquanto este impasse permanece, como ficam os idosos?”
Educação democrática (1)
Já faz alguns dias, mas o registro é importante.
Em uma votação considerada histórica, os deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovaram a volta do direito da comunidade escolar escolher os seus diretores.
Educação democrática (2)
Há anos, essa é uma luta da comissão de educação, em conjunto, com professores e alunos da rede. Uma emenda do deputado Comte Bittencourt estendeu à Faetec o mesmo direito.
O projeto de lei 584/2015 segue agora para a sanção do governador.
Por falar nisso...
Segunda quinzena de maio, e até agora nenhuma sinalização sobre o fim da greve na rede estadual de ensino.
É o tipo de situação que beira o inacreditável.
No ano em que recebe os jogos olímpicos, o Rio corre o risco de comprometer todo um ano letivo de seus alunos.
Mesmo para os padrões brasileiros, as contradições de nosso tempo parecem exacerbadas demais para serem verdade.
Outro lado
Diz o manual do bom jornalismo que todos os lados de uma história devem ser ouvidos, sempre que isso for possível.
Desde que foi confirmada a obra que pretende deixar a Rua General Osório em mão dupla, diversas vozes contrárias à medida se levantaram, numa insatisfação que o vereador Dr. Luis Fernando materializou na forma da audiência pública realizada na noite desta segunda-feira, 23, na Câmara Municipal.
Mas, claro, também existem pessoas que gostaram da ideia, como demonstra uma fiel leitora do Massimo.
Aspas
“Em relação à mudança para mão dupla na Rua General Osório, o que ocorre é que a cidade cresce e é necessário efetuar as mudanças, como tem ocorrido em toda a parte. Os principais colégios possuem caminhos transversais que desafogam o trânsito, basta respeitar. É preciso entender que [a mudança] beneficiará toda a cidade e não afeta somente a moradores do local. Os estacionamentos da cidade inteira estão diminuindo, isso é certo, não se pode mais ter a comodidade de deixar o carro na rua. É se acostumar e pronto.”
Por falar nele...
E já que mencionamos o vereador Dr. Luis Fernando, o colunista pode afirmar que ele voltou a considerar a hipótese de se candidatar a prefeito no próximo pleito, como é desejo do seu partido, o PTN.
O tempo dirá.
Condutores (1)
A competente colega Daniele Eddie fez, por conta própria, um levantamento de alguns dos nomes já confirmados para carregar a tocha olímpica em Nova Friburgo.
Os bombeiros Roberto Bom, Nelson Cereja e Fábio Gonçalves, e também a professora Adriana Bernardes, foram selecionados pela campanha “Servidores que valem ouro”, do governo estadual.
Condutores (2)
Já entre os patrocinadores, foram indicados os nomes da nadadora friburguense Jhennifer Alves, integrante da seleção brasileira de natação no revezamento 4x100; o professor Felipe Malhard, do Friburguense Atlético Clube; os empresários Gilberto Sader e Tony Ventura; e também Ivan Prado Fernandes, do Observatório Social de Nova Friburgo.
Existem outros nomes, mas o colunista ainda não teve oportunidade de os confirmar.
Debaixo do tapete
A coluna procura sempre dar destaque a questões de interesse municipal, deixando a cobertura nacional aos veículos de circulação correspondente.
É impossível, no entanto, não registrar a gravidade das gravações de conversas entre o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, o então senador Romero Jucá (PMDB-RR), tornadas públicas pela Folha de São Paulo.
As instituições brasileiras estão sendo seriamente desafiadas, e precisam dar uma resposta definitiva e exemplar a tanto descalabro.
Massimo
Massimo
Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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