Massimo — 24/01/2017

terça-feira, 24 de janeiro de 2017
Foto de capa
Sempre atenta - A foto que ilustra a coluna de hoje é da competente colega Regina Lo Bianco, responsável por alguns dos cliques mais felizes no registro das belezas de nossa cidade. Uma pena, portanto, que tanto talento tenha de ser empregado para denunciar uma atitude míope de desrespeito ao patrimônio público - neste caso, a estátua de Alberto Braune - no fim da semana passada.

Para pensar

“Temos de fazer o melhor que podemos. Esta é a nossa sagrada responsabilidade humana.”

Albert Einstein

Para refletir

“Na história da humanidade (e dos animais também) aqueles que aprenderam a colaborar e improvisar foram os que prevaleceram.”

Charles Darwin

O passado manda lambanças (1)

Homologada pelo ex-prefeito Rogério Cabral no fim de seu mandato, a lei municipal 4.529 determina a doação do imóvel denominado Solar Barão de Nova Friburgo à Fundação D. João VI, situada na Praça Getúlio Vargas 71, Centro.

Acontece que, após exame da atual Procuradoria do município, constatou-se “flagrante equívoco na referida lei”: o citado solar, na publicação do ato foi situado como sendo no mesmo endereço da Fundação, conforme escritura registrada no Cartório do 1º Ofício.

O passado manda lambanças (2)

"A partir de então ficou confirmado - vejam só! - que o Solar Barão de Nova Friburgo, que deveria ser doado à Fundação D. João VI, conforme os pormenores especificados na escritura, tratava-se, na verdade, do Cemitério São João Batista, graças a um erro na digitação do endereço, que só foi percebido - e corrigido - na Câmara Municipal."Tudo bem que a Fundação tenha entre suas atribuições zelar pelo passado friburguense, mas venhamos e convenhamos que trata-se de uma lei, digamos, sobrenatural…

O passado manda lambanças (3)

O artigo 3 da referida lei deixa claro que à beneficiária – Fundação D. João VI – fica “vedada de alienar, doar, locar, arrendar, ceder o uso ou doar em comodato o referido imóvel” que passaria a ocupar, no caso, como já esclarecido acima, o Cemitério São João Batista.

Salvo melhor interpretação, contudo, tal artigo nem se faria necessário, haja vista que a municipalidade não pode dispor de bens públicos para quaisquer tipos de transações. Parece, portanto, haver uma contradição inerente quando a municipalidade doa um patrimônio público a uma fundação.

O passado manda lambanças (4)

Não bastasse a controvérsia em relação ao que a própria Constituição Federal estabelece em relação aos patrimônios públicos, o artigo 4 ainda se dedica a suspender a cláusula de inalienabilidade, nos casos em que o referido imóvel venha a ser dado como garantia a - atenção! - instituições financeiras, para obtenção de eventuais financiamentos de projetos de interesse da Fundação D. João VI.

Por óbvio, o assunto ainda vai dar muito o que falar e esclarecer. Vale a pena acompanhar os próximos capítulos.

Calma lá (1)

Os vereadores Zezinho do Caminhão e Professor Pierre parecem ter chegado a uma redação satisfatória para o artigo 154 do novo Regimento Interno da Casa Legislativa, que trata de situações emergenciais, nas quais proposições eventualmente tenham de ser incluídas no expediente e na ordem do dia, para votação na mesma data.

A situação - quem acompanha a Câmara há algum tempo sabe bem - tornou-se corriqueira, e expôs os parlamentares a algumas votações complexas sem o devido preparo.

Calma lá (2)

Pois bem, o novo regimento busca evitar tais abusos, e para isso introduziu uma série de critérios e parâmetros.

Para início de conversa, por exemplo, o requerimento em questão terá de ser assinado por dois terços do plenário, e aprovado pelas comissões pertinentes.

Da mesma forma, caberá ao líder de governo explicitar aos demais vereadores o caráter urgentíssimo da proposição.

Calma lá (3)

A inclusão mais importante, no entanto, parece ter sido a que estabelece o mínimo de quatro horas de antecedência para o protocolo da matéria, bem como a previsão de que os vereadores sejam imediatamente informados sobre sua existência.

Calma lá (4)

Por fim, se as comissões não se julgarem habilitadas a emitir parecer, e a questão for “passível de perder a utilidade imediata”, o presidente interromperá a sessão por até 60 minutos para deliberação.

Sem dúvida, o regimento ficou bem melhor assim.

Apoio legislativo

E já que falamos na Câmara, o colunista pode confirmar que alguns vereadores (a causa é mais importante do que os nomes, neste caso) vão propor uma sessão específica - que, na hipótese de aprovação do novo regimento, deve se tornar sessão de debate específico - a respeito da situação da Uerj em Nova Friburgo.

O Massimo torce para que o plenário abrace a causa, e os representantes do povo mostrem que estão comprometidos com o IPRJ.

Novo Crem

Dias atrás o Massimo deu voz a questionamentos a respeito do futuro do Centro de Referência da Mulher (Crem), que passou neste início de ano por um processo de renovação.

A partir de informações divulgadas pelo governo, A VOZ DA SERRA agora publica em detalhes o que muda no aparelho e na equipe, e como as atividades serão continuadas.

Basicamente, era o que o Massimo queria saber há alguns dias.

Mesmo lado

A coluna registra com satisfação a sequência dos serviços do Crem e reafirma que torce pelo êxito de todos os governos, sobretudo numa pasta tão importante, difícil e sensível quanto a Assistência Social e deseja ao secretário,Amaro Gervásio, muito sucesso em sua gestão.

Aliás...

O desafio representado pelas pessoas em situação de rua não para de crescer por aqui.

O colunista ainda não tinha visto, por exemplo, que várias pessoas estão se abrigando de madrugada próximo à esquina entre as ruas Dante Laginestra e Prefeito José Eugênio Müller.

A luta pela reinserção é sempre difícil, e a coluna se coloca a disposição para ajudar no que puder.

Fala, leitor!

“Caro Massimo, os diabéticos de Nova Friburgo estão preocupados com a ausência de insulina Lantus no Hospital Raul Sertã, sem previsão de abastecimento. Lembro que esta insulina é cara e nem todos os diabéticos podem adquiri-la, e que não é um creme que podemos esquecer de passar e ir dormir, pois neste caso, não acordaremos! O que fazer?”

Espaço aberto à Secretaria de Saúde, para que possa se pronunciar à população e passar as informações mais atualizadas.

Tarefa de todos

A imagem nos lembra que, se queremos viver numa cidade melhor, então o caminho de verdade está na educação, sobretudo dos mais jovens.

Já herdamos problemas demais, e a vida é muito curta para que nos permitamos criar mais uma geração autofágica, que continue a jogar água para dentro de um barco que já está propenso a afundar por si só.

Já passou da hora de levar a vida a sério, gente.

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Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.

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