MASSIMO - 19/02/2015

Cabe elogiar o serviço de limpeza da cidade, que poucas horas após o término da folia já havia recolhido toneladas de lixo e até mesmo lavado os principais acúmulos de xixi dos foliões menos educados.

Conforme a descrição de alguns leitores, as ruas ficaram com cheiro de essência de eucalipto.

Em pontos menos movimentados, no entanto, permanece o conhecido odor de banheiro mal lavado.

Uma pena.

Além de ofender boa parte do público familiar — alvo declarado das festividades por aqui — o mau hábito também demanda um processo de limpeza que consome preciosos litros d’água.

Cá entre nós, nada mais feio que impor ao restante da sociedade este tipo de cheiro e cena, não é verdade?

Ainda que a cidade não tenha sido citada diretamente, Nova Friburgo teve participação importante nos dois dias de desfile das agremiações do grupo especial do Rio de Janeiro em 2015.

A primeira contribuição se deu através da tradicionalíssima Mangueira, segunda escola a cruzar a passarela do samba carioca no domingo.

Debaixo de muita chuva, a verde e rosa prestou bela homenagem às mulheres brasileiras, divulgou mensagens de combate à violência de gênero e teve o desfile aberto pelo cantor e compositor friburguense Benito di Paula, principal inspirador do samba-enredo deste ano.

Por fim, encerrando os desfiles de segunda-feira, a campeã de 2014 Unidos da Tijuca homenageou outro filho de Nova Friburgo através do enredo "Um conto marcado no tempo - O olhar suíço de Clóvis Bornay”.

O saudoso carnavalesco, filho de suíço e lendário campeão de fantasias de luxo do carnaval carioca, foi a figura escolhida para ser o elo entre o Brasil e o país patrocinador do desfile.

Entre as tradicionais reclamações carnavalescas que a coluna recebe todos os anos, pingou uma bastante inusitada em 2015.

Um grupo de leitores escreveu para protestar, vejam só, contra o volume e a duração de atividades religiosas realizadas nas madrugadas de domingo, segunda e terça-feira num ginásio esportivo no Cordoeira.

Conforme diversos relatos, somente a partir das sete horas da manhã a vizinhança teria conseguido dormir.

 

O Massimo procurou o experiente subsecretário de Mobilidade Urbana, Carlos Alberto Bayer, para saber se foi proveitosa a experiência com as câmeras de monitoramento nos pontos de maior movimento no centro da cidade.

"As câmeras ajudaram sim, principalmente porque as pessoas sabiam que estavam sendo filmadas, e por isso quase não houve abusos. Alguns veículos foram removidos na Rua Augusto Spinelli, e também foram registrados poucos acidentes. Importante destacar ainda que trabalhamos o tempo todo em conjunto com a Polícia Militar e a Guarda Municipal.”

A turma do trânsito não teve nem tempo de curtir a ressaca do carnaval.

Na tarde de ontem já estavam todos de plantão, no esquema montado para garantir a mobilidade em torno do estádio Eduardo Guinle durante a partida entre Friburguense e Botafogo.

É bastante conhecido o dito popular segundo o qual, no Brasil, o ano só começa de verdade após o carnaval.

Sendo assim, o Massimo deseja a todos os leitores um feliz 2015!