Massimo - 14/03/2014

sexta-feira, 14 de março de 2014
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PANELA DE PRESSÃO (1)

O clima em Nova Friburgo esquentou nessa quarta-feira.

Em mais de um sentido.

De um lado, profissionais da educação reunidos em assembleia, decidindo entrar em greve por tempo indeterminado.

De outro, profissionais da saúde de braços cruzados na Unidade de Pronto Atendimento de Conselheiro Paulino, expondo as condições indignas que vinham encontrando no ambiente de trabalho.


PANELA DE PRESSÃO (2)

Entre os vereadores, o quadro visto na UPA gerou revolta, e a postura de Eduardo Maiolli, questionando as afirmações de funcionários e levando alguns deles às lágrimas, só piorou as coisas.

Entre o governo, a resposta foi a exoneração.

Por indicação da própria base, a pasta passa a ser ocupada pelo vereador Luiz Fernando.

Salvo engano do colunista, a cadeira do pedetista na Câmara Municipal passa a ser ocupada por Samoel da Farmácia, também do PDT.

 

SEM CONDIÇÕES (1)

Em português claro, a UPA há algum tempo vinha se transformando num legítimo circo dos horrores.

Profissionais que pediram para ter as identidades preservadas relataram situações difíceis de imaginar.

Pense numa médica, por exemplo, tendo que trabalhar com um rolo de papel higiênico dentro da bolsa — naturalmente o dividindo com pacientes —, porque nem a mais básica das necessidades vinha sendo atendida.


SEM CONDIÇÕES (2)

O mesmo foi dito em relação a outros equipamentos básicos, como medicamentos, lençóis, copos e afins.

Outra profissional relatou casos em que precisou baixar a febre de crianças e, sem contar com remédios específicos, teve que recorrer ao bom e velho banho.

Em algumas situações, no entanto, nem mesmo isso foi possível, por falta d’água.


SEM CONDIÇÕES (3)

Toda essa situação foi comprovada e registrada por sete vereadores numa vistoria realizada no início da tarde de quarta-feira, gerando um quadro insustentável.

Os mesmos legisladores ainda testemunharam a operação de socorro bancada por material do também saturado Hospital Raul Sertã, que tornou possível o funcionamento da UPA a partir de ontem, 13, e melhorou o cenário para a vistoria do prefeito Rogério Cabral, realizada às 18h de quarta-feira.


SEM CONDIÇÕES (4)

Certas declarações não podem ser dadas oficialmente por quem depende do emprego.

Longe dos microfones, no entanto, o termo utilizado de forma geral foi "maquiagem”.

Às vésperas da instalação de uma nova UPA no município, parece claro que o modelo que sustenta a unidade de Conselheiro precisa de alterações ou, ao menos, de maior atenção.

 

SEM EDUCAÇÃO

Conforme era esperado, o impasse entre governo municipal e Sepe evoluiu para nova declaração de greve por tempo indeterminado.

O colunista não vai entrar nos méritos da questão, já bem explicados nas matérias do jornal.

Importa apenas reforçar a urgência de um acordo satisfatório, lembrando que os maiores prejudicados por essa situação são os jovens — que perdem as férias e sofrem com reposições insatisfatórias —, e os pais, que lutam para conciliar trabalho e atenção aos filhos, sem o suporte institucional.


PREMIADA

Uma conhecida empresa serrana de capitalização, que há algum tempo já vem sendo alvo de leitores do Massimo por conta do desagradável hábito de fazer publicidade a volumes abusivos, acabou sendo premiada.

No caso, com a apreensão do carro de som, e a aplicação de multa no valor máximo.

A julgar pela disposição da subsecretaria de Posturas, não deve ser o último caso, não.

A conferir.


QUEBRA-MOLAS

Um leitor do Massimo, bem informado a respeito da legislação de trânsito, escreveu para afirmar que a sinalização aplicada aos quebra-molas no Catarcione ainda não está completa.

"Em realidade, só foi realizada a sinalização horizontal nos dois quebras-molas. No que fica junto à entrada do Serraville continua faltando totalmente a sinalização vertical; e no de saída continua faltando parte da sinalização vertical.”

No caso, a sinalização vertical é feita por placas, e a horizontal é a pintura sobre o quebra-molas.



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