Massimo - 14/01/2014

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

TRÊS ANOS

E lá se vão três anos desde aqueles inesquecíveis dias de janeiro de 2011. Três anos desde o episódio divisor de nossas vidas, o momento em que morremos com os muitos que se foram, e nascemos mais uma vez.

Passados esses anos, e por muito que seja necessário virar a página e recuperar a segurança, a economia, o turismo e a autoestima, as lembranças daqueles dias ainda doem. E vão doer sempre.


MILAGRES (1)

Ninguém é obrigado a acreditar em milagres. 

O Massimo acredita.

Um dos episódios mais perturbadores, dentre tudo que aconteceu no princípio de 2011, foi o desabamento do prédio na Rua São Roque, cerca de 15h30 do dia 11 de janeiro. 

Duas pessoas morreram ali, como que num prenúncio do que estava para acontecer poucas horas mais tarde.

Uma apuração mais profunda do ocorrido, no entanto, sugere que a tragédia ali poderia ter sido muito pior.


MILAGRES (2)

O "prédio” em questão era, na verdade, uma dessas construções que começam como casa e vão ganhando novos andares ao longo dos anos. 

"Viram” prédio.

Em 2011 o conjunto abrigava cerca de trinta pessoas, em oito residências distintas.

A estrutura obviamente tinha problemas, e dificilmente teria suportado o temporal daquela noite. 

Se caísse durante a chuva, com todos os moradores presentes, o número de vítimas certamente teria sido muito superior.


MILAGRES (3)

Além disso, instantes antes do colapso, sete crianças jogavam videogame no interior de uma das residências. Numa certa altura, um vizinho as chamou para que fossem todos a um compromisso na igreja.

O prédio desabou logo que elas saíram.

Na casa abaixo, a neta do proprietário estava correndo em direção ao prédio que desabou, quando, sem motivo aparente, decidiu voltar para casa. 

Também escapou por um triz.


DESDE ENTÃO...

Pouca coisa mudou na Rua São Roque.

Os trabalhos nos escombros do prédio tiveram de ser interrompidos quando começou a chover forte — e, diante de tudo que aconteceu, o local deixou de ser prioridade. Passados três anos, os entulhos continuam lá.

A situação é complexa. O terreno é íngreme e a rua abriga uma galeria, os proprietários alegam falta de condições para a retirada dos escombros, e os dias passam sem novidades.

Resta saber até quando.


DESAPARECIDOS

Uma das grandes chagas abertas da tragédia climática refere-se ao número e aos nomes dos desaparecidos.

Parece incrível que não exista, até hoje, um número confiável de vítimas, um cadastro com suas informações, e um memorial para desaparecidos onde seus parentes possam reverenciá-los.

 

ESTACIONAMENTO CARO

Não foi apenas na Zona de Estacionamento Rotativo (Zero) que estacionar ficou mais caro. Num shopping do Centro os preços também subiram, e muito.

Choveram aqui na redação e-mails de reclamação, a maioria dos autores afirmando que farão compras em outro lugar.

Procurada, a administração do referido shopping afirmou que o serviço é terceirizado. 

O Massimo tentou falar com a empresa responsável, mas ninguém atendeu ao telefone.


OPORTUNIDADE

Olha aí uma boa oportunidade para quem busca se profissionalizar sem sair de Nova Friburgo. 

A primeira turma da Padaria Escola Alcir de Oliveira Barros, do Senai, está com inscrições abertas. 

A princípio são 20 vagas para o turno da noite, com previsão de início em 10 de fevereiro. O curso é gratuito, as aulas são na Rodoviária Norte, e os candidatos devem ser indicados pelo Sindicato das Indústrias de Alimentos de Nova Friburgo (Sindanf) até o dia 5 de fevereito.


CACHORRO LOUCO

É antiga e forte a relação existente entre esporte e política.

Ao longo dos anos, muitas vezes já vimos políticos capitalizando votos junto a esportistas, e ex-atletas trocando os uniformes por ternos e gravatas.

Essa notícia, no entanto, é novidade.

O lutador do UFC Wanderlei Silva, conhecido pelo sugestivo apelido de "Cachorro Louco”, anunciou sexta-feira passada que será candidato a deputado federal nas eleições de outubro deste ano. 

Wanderlei tentará se eleger pelo PSDB para deputado federal pelo Paraná.


SERÁ QUE VEM?

O jogo está marcado. 

Dia 29 de janeiro, às 17h, o Flamengo deve subir a serra para enfrentar o nosso Frizão aqui mesmo, no Eduardo Guinle.

Ao contrário do ano passado, quando o mesmo jogo acabou transferido para Macaé com apenas dois dias de antecedência por pressão da dona dos direitos de transmissão, a expectativa é que dessa vez o jogo aconteça mesmo por aqui.

Semana passada o gerente de futebol, José Siqueira, recebeu telefonema do SporTV confirmando que o estádio tem condições de receber a partida. 

No mesmo dia a tabela oficial da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) anunciou que o jogo da tevê aberta será Fluminense e Resende, no Maracanã.


MELHOR ASSIM

Longe da tevê aberta, a partida tem maiores chances de ocorrer por aqui. Nada mais justo com o Frizão, aliás, que investiu pra valer na modernização de seu estádio nos últimos dois anos.

Entre as obras mais recentes, destaque para a numeração das cadeiras, instalação de novos portões e cabines para transmissão de televisão, criação de estacionamento para o time visitante, e reparos nos refletores.

O Eduardo Guinle está um brinco, e ainda pode receber um jogo extra na primeira rodada. Como o estádio Alair Correa não está liberado, a Cabofriense pediu para enfrentar o Macaé por essas bandas.



Foto da galeria
EXEMPLO SULISTA A foto foi tirada em Florianópolis, mas poderia ter sido feita em diversos pontos do sul do Brasil. Pontos como este oferecem apoio a quem costuma passear com os amiguinhos de quatro patas, e tornaram-se comuns em cidades com pretensões turísticas, especialmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. A iniciativa, nitidamente barata, bem que poderia ser copiada aqui!
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Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.

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