Massimo — 11/03/2017

sexta-feira, 10 de março de 2017
Foto de capa
A foto que enfeita a coluna deste fim de semana é plena da beleza e da sensibilidade femininas. Nela vemos a modelo Samantha Liart, clicada em Paris pela competente fotógrafa Carol Loureiro, radicada em Nova Friburgo e “friburguense de coração”, como ela mesma diz. Um brinde a este bendito cromossomo X!

Para pensar
“Toda mulher leva um sorriso no rosto e mil segredos no coração.”
Clarice Lispector

Para refletir
“No amor, as mulheres são profissionais; os homens, amadores.”
François Truffaut

Tragédia provocada
A primeira sessão itinerante promovida pela atual legislatura da Câmara Municipal, na última quinta-feira, 9, expôs as vísceras do processo de sucateamento — intencional ou não — da nossa principal universidade estadual, que tem em Nova Friburgo um de seus mais valiosos tesouros.
A situação é dramática, desesperadora, tanto mais quando se conclui que as dificuldades foram criadas justamente por quem tinha a função de proteger a Uerj, seus profissionais e alunos.

Sonhos roubados
Os dados sobre as dezenas de alunos que optaram por não se inscrever em nenhuma disciplina (quase 10% do total) — interpretados como sinal inequívoco de que já não pretendem dar prosseguimento à carreira acadêmica que tanto esforço lhes cobrou para que pudesse ser iniciada — foram especialmente dolorosos de se ver.

Sordidez
Num momento em que o governo espera que estes mesmos estudantes trabalhem ao longo de 49 anos, como qualificar os atos que roubaram destes jovens muitos sonhos e preciosos anos de vida?
Cinismo?
Parece pouco...

Vergonha
Ao ver o diretor do IPRJ, professor Ricardo Barros, vencido pelas lágrimas enquanto pedia compreensão às concessionárias de luz e água/esgoto, para que os serviços não sejam cortados apesar da dívida que, para seu absoluto desgosto, se acumula desde junho de 2016, o colunista não foi capaz de evitar aquele que foi provavelmente o mais pesado sentimento de vergonha que já experimentou na vida, por fazer parte de uma sociedade como esta.
Era a falência da administração estadual, eleita por voto popular, exposta em toda sua crueldade, justamente sobre o que existe de melhor em seus quadros.

Constrangimento
E que tal a informação de que professores estrangeiros, no Brasil apenas para atuar em convênios com a universidade, estão com seus salários atrasados há mais de dois meses?
O horror. O horror.

Causa de todos
O colunista saiu da sessão com a convicção de que, se o cidadão de bem não fizer mais do que a sua parte neste momento crítico, a instituição local que melhor representa os sonhos de mudança de vida para nossos jovens, e que ainda resguarda as possibilidades de uma educação completa, até as fronteiras do conhecimento humano, não sairá dessa situação tão cedo.

Medidas concretas (1)
Existe, por exemplo, uma situação muito concreta, que a devida união de esforços poderia resolver rapidamente.
Como todos sabem, o IPRJ dispõe de quadro prédios, mas faz uso de apenas dois, porque a fábrica ao lado - de forma compreensível - não libera o espaço enquanto não houver alguma separação física em relação às suas próprias instalações.

Medidas concretas (2)
O professor Ricardo Barros explica que existem meios de reduzir os custos, utilizando uma grade divisória com fechamento através de plantas trepadeiras.
A coluna desde já abraça esta causa, e se compromete a dar publicidade a qualquer empresário que se disponha a doar material, ou a qualquer pessoa que ajude seja como for.
Se esse muro não sair do papel, a vergonha será de todos nós.

Base do iceberg (1)
É claro que, se a ponta do iceberg vai mal, a base também está comprometida.
Aqui em Nova Friburgo, alguns profissionais da educação consideram seriamente a hipótese de fazer uma denúncia formal ao Ministério Público, a respeito da falta de professores na rede estadual, especialmente de matemática, física, química e biologia.
A carência não é nova, mas costumava ser atenuada através da prática de horas extras (GLP), que não tem sido autorizada.

Base do iceberg (2)
A evasão de alunos graças a esta situação tem sido tão acentuada, que diversas escolas correm o sério risco de fechar no curto prazo.
Algo que, falando francamente, parece ser a vontade do governo estadual já há algum tempo.

Apagão
O Massimo já dedicou diversas notas a respeito do estado em que se encontra o parquinho na Praça Getúlio Vargas, mas aparentemente essa não é uma questão muito sensível.
De qualquer forma, cabe informar que o local, que reúne pais e crianças em momento de distração, está às escuras já há algumas noites.
Se os responsáveis se importarem, então que tomem as medidas necessárias.

Além do arco-íris
O secretário de Cultura Marcos marins apoiou, e o Cineclube promovido pelo parceiro Leo Arturius voltou.
Na próxima segunda-feira, 13, quem passar pela Estação Livre às 19h poderá curtir, de preferência em companhia da garotada, uma exibição gratuita do clássico “O Mágico de Oz”.
Que a parceria possa ser mantida por muito tempo.

Regularização Fundiária
No mesmo dia, às 17h, ocorre o lançamento da Comissão de Regularização Fundiária, presidida pelo vice-prefeito Marcelo Braune.
O evento, que dá prosseguimento a promessa feita por Braune logo após o resultado das eleições, acontecerá na Sala do Empreendedor.

Retificando
Em sua coluna de sexta-feira, 10, o Massimo registrou a participação do aluno Pedro Souza, do IPRJ, no programa Amor e Sexo exibido pela Rede Globo na noite de quinta-feira passada.
A informação estava equivocada.
A participação do mestrando será exibida no dia 23 deste mês.

Volta dos que não foram
Assim como o piloto Felipe Massa, que anunciou sua aposentadoria e logo depois retornou para mais um ano na Fórmula 1, também há um secretário que deixou o governo municipal e pode retornar nos próximos dias.
A se confirmar a situação, fica a dica de quem já viu esse filme algumas vezes: em alguns momentos, uma explicação às claras, respeitando a população, evita rumores e costuma cair bem.

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Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.

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